Noah Morgan é a nova agente da delegacia da Espanha. Ela chegou pronta para investigar o maior mafioso Espanhol, mais conhecido como Leister. Mas será que ela vai conseguir prendê-lo sem se apaixonar pelo seu jeito marrento e atraente?
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Reencontrar Noah foi como se eu tivesse achado uma luz em meio à escuridão. Eu não sei, mas tem algo muito de especial dentro dela.
E agora que eu sei que ela mora, praticamente, à uns sete metros da minha casa, poderei vê-la mais vezes.
— Tem algum motivo específico para você ir aquele bar todo final de semana? — ela pergunta, se virando para mim.
A bala havia perfurado o vidro da janela, fazendo com que ele se estilhasse por todos os lados.
Eu entrei em pânico. Queria saber que tinha feito aquilo. Por qual motivo alguém atiraria na minha casa?
O sangue já estava nas minhas mãos quando eu percebi. E ele sempre estaria ali. Por mais que eu limpasse as minhas mãos cem vezes, eu lembraria daquele vermelho, do cheiro.
Dou de ombros.
— Talvez eu tenha muitas mágoas também. — me viro para Noah. — Porém, eu prefiro descontar no uísque. — sorrio.
Ela concorda.
Ligo a seta, indicando que vou fazer a curva para entrar no condomínio.
Noah parece ser tão solitária quanto eu. E deve ser ruim não ter ninguém para conversar em um final de semana.
— Vai estar livre no sábado? — continuo dirigindo em direção à sua casa.
Ela pressiona os lábios. Parece estar em dúvida no que deve responder.
Noah não me conhece verdadeiramente. Mas eu acho que todos nós temos segredos aterrorizantes demais para dizer à todos.
Talvez ela tenha medo de dizer sim e ficar pensando no que vou fazer com ela.
Viro a chave na ignição e coloco o câmbio no ponto morto.
— Sim, eu estou. — sua voz soa.
— Bom, vai ter uma festa na minha casa. É infantil, mas tenho certeza que vai se divertir.
Maggie não vai achar ruim eu chamar mais uma pessoa para o seu aniversário. Além de que Noah é uma amiga minha. Tenho certeza que Maggie vai adorá-la.
— Pode confirmar a minha presença. — ela sorri. Mas parece ainda não estar confiante da sua resposta.
Concordo, sem dizer muito.
— Obrigada pela carona. — Noah abre a porta e coloca um pé para fora. — Ah... — ela se vira. — Vodka é muito melhor que uísque. — Noah finaliza, dando uma piscadela.
— Acho que não tive oportunidades o suficiente para saborarear. — provoco, descendo o olhar para a sua boca.
Noah percebe a minha insinuação e seus lábios se curvam em um sorriso convencido.
