CAPÍTULO 06.

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Faz alguns dias desde que conheci Noah naquele bar

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Faz alguns dias desde que conheci Noah naquele bar. E todos os dias eu tenho vontade de voltar lá para revê-la. Porém, não quero assustá-la. Mas eu nem sei vou encontrar Noah mais uma vez. Quem sabe...

O aniversário de Maggie está chegando e eu quero estar focado 100% nisso. Ela me ligou duas noites passadas e perguntou se poderia fazer a festa aqui, não tinha como eu dizer não. Por esse motivo, eu suspendi todas as minhas reuniões. Deixei tudo para o Ronnie cuidar. 

Maggie ficaria muito puta se eu não participasse de seu aniversário e eu não quero que a minha irmã passe a me odiar por isso.

— Temos uma encomenda no galpão para você. — Ronnie comenta, se sentando no sofá da minha sala.

— Encomenda? — retruco, colocando gelo dentro do meu uísque.

— Você vai ver quando chegar lá. Consegue ir hoje?

— Hm... — juntei meus lábios, pensativo. — Acho que sim. Passo lá à noite.

Ronnie assente.

Como Ronnie é praticamente o meu braço direito, eu deixo quase tudo para ele resolver no galpão. Quase não vou lá.  A não ser que a coisa seja muito séria. E não faço ideia do que possa ser essa suposta encomenda.

Hoje, na parte da manhã, Sofia me mandou mensagem perguntando se podemos nos encontrar.

Estava pensando, Sofia trabalha na polícia. Ela, segundo o Ares, é da equipe da Raquel. Sofia, com certeza, deve saber quem é a nova agente que está me investigando. Então, por que não tentar tirar algo de útil daquela boca que só pensa em sexo?

Quero saber tudo sobre a nova agente. Preciso estar por cima e foder com a vida dela. Não vou permitir que descubram mais nada sobre mim. 

Ares também deixou bem claro que não se envolveria nisso por mais que Raquel seja sua namorada. E eu gosto de como ele consegue separar tudo em sua vida. Bem diferente de mim...

O sangue estava nas minhas mãos e por toda a casa. Ele fiou agarrado no carpete do quarto. Nunca mais saíra dali. Isso foi culpa minha. Eu permiti que atirassem nela. Como fui tão filho da puta assim? 

— Leister? 

— Hm? — saio dos meus pensamentos, voltando a realidade. — Disse algo? 

— Não. — ele ri. — Já estou indo. Te mantenho informado sobre a reunião de hoje à noite e não esqueça de ir ao galpão. — ele relembra, deixando claro. 

Concordo. 

— Valeu!

Ronnie assente antes de sair da sala e seguir até a porta. 

Me sento no sofá e fico pensando em Noah. Aquele olhos azuis parecem um oceano profunda e que esconde muitos segredos. Ao mesmo tempo que tem luz, tem sombra. Ela tem algo de muito sombrio por mais que o esconda com um sorriso no rosto. 

Porém, eu não posso julgá-la. Também tenho segredos que ninguém sabe. E pretendo deixar assim. Quando mostramos nosso lado mais vulnerável, as pessoas acham que devem sentir pena ou dó e eu não quero nada disso. Não gosto de puxar saco de ninguém porque não quero ninguém atrás de mim. 

Pessoas grudam e isso me sufoca. 

***

Cheguei agora no galpão E eu não faço ideia do que tenha lá dentro. Ronnie não deu detalhes, o que me deixou ainda mais intrigado. Que eu saiba, não estávamos esperando nada de entrega. 

Abro a porta de metal e adentro o lugar. Dou alguns passos, mas paro imediatamente quando avisto Mário. Cerro os mus punhos e pressiono a minha mandíbula. 

Não digo uma palavra sequer. Me aproximo mais até que a claridade da luz reflete em meu rosto, revelando. 

— Quanto tempo, Leister! — Mário dá um sorriso de canto, nem um pouco simpático. Diria que foi bem sarcástico. 

— O que você quer? — cruzo os meus braços. Eu só queria quebrar a cara de Mário neste exato momento. Fazer com que ele pagasse pelo o que fez. 

— Eu só queria ver o "império" que você construiu. Virou um mafioso foda! — ele ri, analisando o espaço. 

— Eu não tenho a noite toda. Fala logo o que veio fazer aqui! — digo, em um tom mais rude.

— Nada de muito importante. — Mário dá passos curtos em minha direção. — Não gosto de você, isso é óbvio. Mas quero te dar um conselho. Fica bem atento quem se aproxima de você e quem está ao seu lado.

Mas que porra ele tá falando? E por que dizendo isso para mim?

— Está querendo me intimidar e acabar com a minha vida de novo? — ergo uma de minhas sobrancelhas.

— Não, Leister. Bandeira branca hoje. Só escuta o que eu tô te falando. — Mário dá duas batidinhas no meu ombro e segue em direção à saída.

Agora eu não sei se devo acreditar ou não. Mas por qual motivo isso seria verdade? E qual era a principal mensagem que ele queria dizer? Tem alguém falso ao meu lado? Ou alguém que quer me matar? Droga!

Mas também preciso pensar, e se isso só for alguma estratégia para mexer com a minha cabeça? Mário é bom com isso.tem algo de errado aí...

Por que Ronnie disse que era uma encomenda?

Temos uma encomenda no galpão para você.

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