CAPÍTULO 20.

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— Consegui um emprego para você

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— Consegui um emprego para você. — digo, me servindo um copo de água.

— Sério? — seu tom é animado — Onde é?

— Primeiro você vai ter uma reunião com o dono. Mas é em uma empresa de advocacia.

Eu prefiro não contar que a empresa é da família do Nicholas. Porque conheço a minha mãe, e se depender, ela não vai só por causa desse pequeno detalhe.

E sei o quanto ela precisa desse emprego. Mas talvez, pelo o orgulho, ela deixe passar. Então prefiro que ela descubra só lá na reunião. Dependendo, sei que ela não vai conseguir dizer não.

— Hm... Depois me passa o endereço.

Concordo.

— Eu vou sair com a Raquel agora. Prometo não demorar para o jantar.

— Está bem, filha.

Depósito um beijo na têmpora da minha mãe, e pego a minha bolsa em cima da bancada.

Por mais que Raquel seja a delegada e minha chefe, ela consegue me entender melhor do que a minha mãe.

Ela sabe separar a nossa amizade e nosso profissionalismo, bem diferente de mim.

***

— Oi, gata. — sorrio.

— E aí. — ela beija a minha bochecha.

Pendura a minha bolsa no encosto da cadeira e me sento.

— Já pediu algo?

Raquel nega.

— Estava te esperando. O que vai querer?

— Pode ser um capuccino.

Raquel acena para o garçom. Ela faz os nossos pedidos e se vira novamente para mim.

Eu não sei como começar um conversa sobre o Nicholas, na qual não vamos falar sobre o caso ou algo relacionado aos negócios dele.

Eu me deixei ir muito à fundo, isso não deveria ter acontecido. Me relacionar com Nicholas era a última coisa que eu deveria ter feito.

Raquel analisa o meu rosto, então, logo em seguida, ela diz:

— Eu te conheço. Anda, fala o que tá acontecendo.

Suspiro.

— Eu tô realmente gostando do Nicholas. — mordo meu lábio inferior.

— Noah! — ela me adverte — Você tá drogada ou o que?

— Eu sei que não devo e tudo mais o que você iria falar, Raquel. Mas é a primeira vez que um homem me faz sentir assim. E pelo o que eu sei, não inventaram um método de mandarmos no coração. Foi involuntário. 

Raquel pressiona os lábios. 

Eu não faço ideia do que está passando na cabeça dela neste exato momento. E para falar a verdade, eu tenho até medo de descobrir. 

— Ok... Mas você sabe que ele vai ser preso, né Noah? 

Pelo o que eu descobri o pai dele é advogado. Ainda não tive tempo de pesquisar sobre o mesmo na internet, mas acredito que ele seja bem conhecido. E com certeza, vai fazer de tudo para o filho sair o mais rápido da prisão. 

Se alguém do FBI, no caso do conselho, descobrir que eu tenho relações amorosas com uma pessoa investigada, eu perco o meu distintivo. 

Tenho medo disso acontecer. Ainda mais se o que eu estiver sentindo for em vão. Mas meu coração não acelera desde o Dan. Até porque, com o Dan nem acontecia tantas coisas dentro de mim. Acho que namorávamos só para ter a companhia um do outro. 

— Tudo pode mudar, Raquel. E eu acredito nisso. Nicholas tem um coração gigante por baixo daquela armadura superprotetora e de ferro que ele criou. 

— Como você vai contar isso para a sua mãe? Pelo o que você me disse, ela não gosta nada disso. 

— É questão de tempo. Ela precisa conhecer o Nicholas primeiro. Assim como eu tive a oportunidade de conhecer. 

— E se alguém do FBI descobrir? Você vai mentir? 

Nego. 

— Vou contar a verdade. Eu vou perder o  meu trabalho, mas paciência. A gente não pode ter tudo sempre. 

Para alguns, pode parecer que isso é burrice. Mas algo dentro de mim diz que Nicholas precisa de mim. E eu estou pronta para ajudá-lo, só preciso que ele deixe. 

Raquel nega. 

— Eu não sei o que dizer...

— Só confia em mim. Sei que pode fazer isso. — pego a sua mão em cima da mesa — Você é a minha única amiga nesse lugar. 

Raquel suspira, fechando os olhos. 

Percebo seus lábios se curvando em um sorriso. 

— Eu só vou fazer isso porque te amo. — ela dá uma piscadela.

— Raquel Mendonza, você acabou de dizer que me ama? — pergunto, surpresa — Isso merecia ser gravado. 

— Parou, hein. Daqui a pouco mudo de ideia. 

Rio, dando um gole no meu capuccino.

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Não es

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