Noah Morgan é a nova agente da delegacia da Espanha. Ela chegou pronta para investigar o maior mafioso Espanhol, mais conhecido como Leister. Mas será que ela vai conseguir prendê-lo sem se apaixonar pelo seu jeito marrento e atraente?
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Eu precisei vir para Valência ontem à noite.
Consegui um horário com o comprador, o qual Ronnie fez o favor de perder a reunião. Com sorte, tudo deu certo. Eu não devia, não agora que estou sendo investigado mais uma vez, porém, não posso deixar as minhas coisas paradas. Quanto mais sai, mais dinheiro entra.
A minha casa ficou nas mãos de Ares. Confio nele de olhos fechados. E quando estou longe, não gosto que os empregados fiquem sozinhos. Sabe lá o que eles poderiam encontrar.
Meu celular começa a tocar e vejo que é uma ligação por facetime. Atendo e o rosto de Maggie aparece do outro lado da tela.
— Oi, pirralha. — sorrio. Tiro os meus óculos de sol e encosto no sofá.
— Oi, Nick! Aonde você está? — ela pergunta, curiosa.
— Eu precisei vir resolver algumas coisas em outra cidade. Mas volto hoje mesmo. Por quê?
Maggie olha para o lado e o rosto da minha mãe aparece.
— Oi, mãe.
— Oi, filho. — ela sorri, ficando ao lado de Maggie. — A Maggie queria agradecer a... Qual o nome dela mesmo?
— Noah. — Maggie afirma, em um tom doce e delicado.
Sem pensar, eu ergo uma sobrancelha. O que parece que estou duvidando ou confuso. Mas não foi isso que eu queria demonstrar. Fiquei surpreso pela a atitude de Maggie.
Noah e ela não tiveram nenhum tipo de relação no dia da festa. Pensei que nunca veria a minha irmã querendo agradecer alguma mulher que eu já tenha levado à minha casa.
— Hm, está bem. — pressiono meus lábios. — Quando eu voltar, falarei com a Noah.
As duas concordam.
— Agora eu preciso desligar. — Levanto o meu rosto e encontro Mário. — Falo com vocês depois.
Maggie acena e eu desligo.
Inclino o meu corpo para frente e entrelaço minhas mãos em cima da mesa.
— Por que quis me encontrar em Valência? — pergunto, encarando Mário.
— Tenho uma proposta para você. — Mário se senta à minha frente.
— Fique à vontade. Sou todo ouvidos.
Quando vi todo aquele sangue somente uma palavra dançava na minha cabeça: vingança. A pessoa que fez aquilo ia pagar caro. Muito caro. E eu fazia questão de que tudo fosse com as minhas própriasmãos.
O que o filho da puta não sabe, é que eu já sei o que ele fez. E tenho certeza que foi ele. E não vejo da hora dele descobrir.
— Leister, eu te disse para você tomar cuidado com as pessoas ao seu redor. O que acha de fazermos uma sociedade?
Dou um gole na minha água.
— Por que eu faria isso com você? E mais uma coisa, por que você tem tanta certeza que alguém ao meu redor quer me fuder?
— Você me conhece, Leister. Fomos amigos na faculdade.
— Sim, e a nossa amizade acabou quando eu comi a sua namoradinha, né? — dou um sorriso de lado. — Ah, não. Pera! Vocês não namoravam.
Mário cerra o maxilar, e seu rosto fica vermelho.
— Você foi um idiota por fazer isso, Leister. Mas não ligo mais. — ele dá de ombros. — Eu tenho algo bem mais interessante sobre você. E se eu quiser, posso te colocar na cadeia em um estragar dos dedos.
Continuo com a minha postura. Isso não me afeta. Mário não deve contar vitória antes do tempo.
— Muita coisa pode acontecer. — afirmo. Me levanto. Fecho o botão do meu paletó, ainda encarando Mário. — E não, eu não quero você como sócio.
— Você não sabe o que está fazendo, Leister. — seu tom soa como uma ameaça.
Apoio minhas mãos na mesa, e inclino meu corpo completamente para frente.
— Acho bom você ficar no seu lugar. Não quero sujar as minhas mãos com o seu sangue.
Me afasto e sigo em direção à saída.
Saio do restaurante e enquanto ando até o carro, meu celular começa a tocar. É um número privado, mas não o reconheço.
— Alô?
— Leister?
— Sim, sou eu. Quem é? — adentro o carro.
— Eu sou o comprador do último lote de armas. Era para ter sido entregue na semana passada. O que aconteceu, porra?
Ronnie me paga...
— Como assim não foi entregue? Tentou falar com Ronnie?
— Ele não atende. Quero a minha mercadoria ou o meu dinheiro de volta. Tem até o final de semana, Leister. — o cara desliga antes que eu possa me explicar ou argumentar.
Jogo o celular no banco do passageiro. Aperto o volante com as minhas mãos e as pontas dos dedos se esbranquecem.
Ronnie está dando muita mancada. Isso não pode mais continuar. O que ele está pensando?
Disco o número de Ronnie no painel digital do carro e enquanto toca, eu dirijo de volta para casa. Pretendo viajar agora, assim, à noite eu já vou estar em casa.
— Fala, chefe. — ele cantarola.
— Me diz que o nosso cliente se enganou e que você mandou a mercadoria dele.
Um segundo se passa. Dois segundos. Três...
— Fala, caralho!
— E-eu esqueci, Leister. Muitas coisas aconteceram.
— Que muitas coisas, Ronnie? O seu trabalho é esse. O resto, quem cuida sou eu.
— Você está sendo investigado. Acha que eu não temo que eu seja preso também?
Reviro meus olhos.
— Isso não vai acontecer, Ronnie. — digo, farto. — Trate de resolver o seu deslize. E ore para que tudo fique bem.
— A pressão dela está caindo. Ela pode nãoaguentar.
Ela pode não aguentar... A frase se repetia todo segundo na minha mente. E tudo por uma briga idiota.