CAPITULO 18.

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— Noah, minha filha, você ficou maluca? — minha mãe pergunta, incrédula por eu ter contado tudo o que aconteceu com o Nicholas

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— Noah, minha filha, você ficou maluca? — minha mãe pergunta, incrédula por eu ter contado tudo o que aconteceu com o Nicholas.

Pressiono meus lábios.

Minha mãe tem razão de ter reagido deste jeito. Mas o que eu podia fazer? O Nicholas estava bem ali na minha frente, com aqueles lábios avermelhados e seus olhos cheios de desejo.

Eu não ia me aguentar. E se eu chegasse em casa sem ter beijado ele, ia ficar me julgando porque eu tive a sorte e não fiz nada.

— Mãe... — resmungo — Não fica assim. O Nicholas me mostrou um lado incrível. E que pouquíssimas pessoas conhecem. E para ser bem sincera, ele é totalmente diferente do Dan. 

—  Sim, Noah. Ele é um mafioso. — minha mãe afirma, em um tom de julgamento. 

Reviro os olhos. 

— O Dan não fazia essas coisas, mas não sabia ser um bom namorado. Eu vivia chorando e me perguntando o que eu havia feito de errado para o Dan ser tão insensível comigo na maioria das vezes. 

Minha mãe me olha, sem entender nada. Eu sempre escondi tudo da minha mãe. Parecia que algo dentro de mim impedia que eu contasse qualquer coisa que dizia respeito sobre o meu relacionamento com Dan. 

— Eu não quero falar sobre o Dan, mãe. — afirmo, sentindo uma pressão no meu peito — E quanto ao Nicholas, vai ficar tudo bem. Quando ele for preso, tudo vai acabar mesmo. 

É uma tristeza tão grande ter que dizer isso em voz alta. Por que eu sempre escolho o cara errado? Será que é tão difícil acertar uma vez? 

O som da campainha ecoa pela casa. Olho para a minha mãe e nego com a cabeça, insinuando que não faço ideia de quem seja. 

Me levanto e abro a porta. Fico surpresa por ver Nicholas e Maggie. Como eu faço para esquecê-lo sendo que ele aparece na minha casa em plena segunda-feira à noite e ainda com irmã?

— Oi... — sorrio, intercalo o olhar entre os dois. 

— Olá, Noah. — Nicholas sorri do jeito mais atraente possível — Essa menininha aqui quer te fazer um convite. — ele aponta para Maggie. 

Abaixo o meu rosto, olhando para Maggie. 

— Eu e o Nick vamos pedir hambúrguer, quer comer com a gente? — seu tom de voz é meigo. 

Como eu faço para dizer não a ela? Não tem essa possibilidade. 

— Claro, linda. Vou só pegar o meu celular. 

Os dois  concordam. 

Volto para a sala e pego o meu celular em cima da mesa de centro. 

— Vou ir jantar com o Leister. — aviso a minha mãe. 

Ela não responde. Mas percebo pela minha visão periférica o seu olhar sobre mim. 

— Não demoro. — beijo o topo de sua cabeça e sigo até a porta — Eu vou quebrar a minha dieta. — comento, rindo. 

— Você não precisa de dieta. — Nicholas diz, me admirando dos pés a cabeça enquanto caminhamos até a sua mansão. 

— De vez em quando é necessário. 

Nicholas sorri, concordando. 

Nós chegamos em sua casa e ele foi logo fazer os pedidos pelo celular enquanto eu fiquei com a Maggie na sala. 

— Você gosta de Barbie? — ela pergunta, parando na minha frente. 

— Eu adoro Barbie. 

— Sério? — seus olhinhos ficam brilhantes — O Nick não gosta muito, mas eu sempre faço ele assistir. — Maggie ri. 

— Quando estiver aqui na casa do seu irmão, pode me chamar para assistir com você. Eu vou adorar. — dou uma piscadela. 

— Tá bom! 

Maggie sai correndo em direção às escadas e avisto Nicholas vindo da cozinha. 

— Para onde ela foi? — ele aponta por cima do ombro. 

Nego. 

— Só saiu correndo. — rio. 

Nicholas se senta ao meu lado.

É estranho ficar tão perto dele depois do nosso beijo. Mas ele me passa uma segurança tão grande. As vezes me pergunto o que fez com que ele virasse um mafioso e escondesse o seu lado mais bonito. 

Eu sofri muito com o Dan, contudo que depois que ele morreu e eu ainda continuei na França, eu não me envolvi com ninguém. Acho que eu fiquei com trauma de me machucar novamente. Mas com o Nicholas foi tão natural. Eu não senti medo. Foi como se ele tivesse chegado para me mostrar que posso ser amada e desejada de novo, só que de uma forma muito mais bonita. 

O silêncio continua até que Nicholas o quebra, dizendo uma revelação que me faz paralisar:

— Eu quase matei a minha mãe e a Maggie. — Nicholas desvia o olhar para o chão — Quando eu estava no ensino médio, tinha uma amigo. E ele ficava com uma garota. — ele controla sua respiração — Até que um dia, em uma festa, eu estava bêbado e acabei beijando a garota. O meu amigo viu e aquilo foi o motivo para a maior briga da escola. Nós paramos de nos falar e a menina saiu da escola. — Nicholas levanta seu rosto e me olha — Anos se passaram e eu já havia me esquecido disso. Só que o cara não. Ele começou a me mandar cartas ameaçadoras. — pego a sua mão — Minha mãe estava com seis meses. Era uma noite normal. Estávamos na sala, como sempre fazíamos. Até que ouvimos o estrondo de um tiro. Quando percebemos, tinha acertado a minha mãe. Bem na barriga. 

— Ei... calma. — digo, tentando tranquilizá-lo. 

Eu não consigo dizer nada além dessas duas palavras. Imagina o pânico que Nicholas ficou quando percebeu que podia perder as duas pessoas mais importantes da sua vida? 

— Fomos às pressas para o hospital. Nunca vou esquecer daquele dia. Disseram que a Maggie poderia não sobreviver. Eu iria me culpar pelo resto da vida, Noah. 

Puxo Nicholas para um abraço e acaricio seus cabelos. 

— Elas ficaram bem. Maggie é a menina mais linda e incrível que eu já conheci. Não se culpe por isso. 

Pelo visto, esse foi o marco da vida de Nicholas que o fez virar tudo o que é hoje em dia. Eu queria que ele pudesse largar toda essa vida. Cada vez eu me apaixono mais. E não quero vê-lo atrás das grades. Isso seria a maior dor que eu já sentiria.

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