CAPÍTULO 15.

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— Você também nunca me disse com o que trabalha

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— Você também nunca me disse com o que trabalha. — Noah comenta, mas sua fala soa mais como uma pergunta. 

Tiro a chave da ignição e me viro para ela. 

A única menina que conseguiu descobrir com o que eu trabalhava foi a Sofia. Mas ela nunca seria louca de me denunciar ou expor os meus negócios. 

— Linda, isso é assunto para outra hora. — dou uma piscadela. Não quero que Noah se afaste ou faça algo que não deve, como me entregar para a polícia. Eu estou sentindo algo intenso por ela e não quero que acabe. — Acho melhor entramos. — levanto as minhas sobrancelhas, apontando para o restaurante. 

—Isso é trapaça. — ela ri. 

— Prometo te contar um dia. 

Ela concorda.

Quando dou a volta no carro e a luz do poste reflete em Noah, consigo perceber o quanto ela está deslumbrante em um vestido vermelho, não muito curto, mas que tem uma fenda sensacional que valoriza as suas coxas. 

— Vou fingir que não estou vendo você me olhar assim. — ela sorri de lado. 

Nego com a cabeça, rindo.

— Fazer o que se você é a mulher mais gata que eu já vi.

— Aham. — ela murmura. — Vou fingir que acredito.

Paramos na porta do restaurante e esperamos o cumim, — o garçom que recepciona as pessoas — nos mostrar a mesma que reservei.

Puxo a cadeira para Noah e ela se senta.

Gosto deste restaurante porque é bem tranquilo. Não é lotado às sextas. O que é ótimo.

Olho para Noah e vejo que ela está completamente perdida com as comidas.

— Está tudo em italiano. — ela resmunga, franzindo a testa.

Não me contenho, e uma risada escapa dos meus lábios.

— Posso escolher para você? — pergunto.

Ela dá de ombros.

Chamo o garçom e faço os pedidos.

— Você disse que passou a tarde com a sua mãe. Ela está morando na Espanha?

— Sim, mais especificamente, na minha casa. — ela sorri. — Os pais do meu ex-namorado estão meio que a ameaçando. Então, eu chamei ela para morar comigo.

— O que eles querem mais? — pergunto, me referindo aos pais de Dan.

— Vingança, provavelmente. — sua respiração fica intensa. — Eles sabem que a culpa não foi minha. Dan estava drogado. O que eu podia fazer?

Cerro o meu maxilar.

O que eles querem que Noah faça? Traga o filho amado de volta?

Eles só tocam na Noah se antes passarem por mim.

— Mas enfim, — ela diz, iniciando um outro assunto. — Você já sabe um segredo meu. Agora, eu quero saber um seu.

Sinto meu corpo estremecer.

Eu nunca consegui falar abertamente sobre tudo o que já aconteceu. E tudo foi consequência de uma briga idiota por uma garota no ensino médio. Porém, por tudo o que aconteceu, a pessoa deixou aquilo tudo subir para a cabeça.

Estar com Noah parece muito mais tranquilo para falar sobre o assunto. Mas mesmo assim, eu nunca consegui falar nem com a minha mãe. Parece que algo trava e eu fico com falta de ar. É estranho.

O sangue não saia. Era como uma tinta permanente em todos os lugares da casa. E, principalmente, nas minhas mãos.

Aquilo parecia o fim do mundo. A culpa não era minha, mas eu ia viver com o peso de que a pessoa que eu mais amo havia levado um tiro.

Era para ter me acertado. Aquela bala era para estar dentro de mim. Me perfurando ao poucos, e não ter colocado a vida da minha irmã e da minha mãe em risco.

— Licença. — o garçom pede, colocando os pratos em cima da nossa mesa.

Afasto os meus braços e deixo a mesa livre.

Sinto o olhar de Noah sobre mim. Ela quer uma resposta para todo o meu silêncio.

— Não é nada pessoal, Noah. — pego os talheres. — Mas não estou acostumado a falar sobre o assunto.

— Sem problemas. Eu entendo. — ela sorri, me tranquilizando.

O poder que essa menina tem sobre mim é surreal. Eu criei sentimentos rápidos demais pela Noah. Isso pode ser ruim, mas pode ser muito bom. E eu prezo pela segunda opção.

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