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Tainá Alencar

Eu já cheguei na dona val faz um tempo, eu trabalho aqui como garçonete, e a dona val fica na cozinha.

Eu já trabalho aqui faz bastante tempo, pra saber o quanto a dona val e amada por muitos, sem caô, o povo ama a comida dela, ela já tem esse estabelecimento a mo cota.

Vou até a bancada, e pego o pedido da mesa oito.

Deixo na mesa, e falo boa tarde para todos, e quando eu vou sai, uma mão passar no meu short.

Tainá - mais que porra e essa - exclamo indignada.

X - calma pretinha sem estresse, marca 10 ali comigo, te pago 100 -
Fala com um olhar safado.

Quando eu vou responder, o Matheus chega puxando o homem pela camisa e jogando ele no chão, as pessoas que estavam ali olham assustadas.

Alencar - pega a visão maluco, respeita a mina ela te rendeu assunto? pra se tá chegando com esses papo de tilt - diz pronto para desferir um soco no homem que está preste a ter um ataque cardíaco no chão.

Bem que ele merece, me confundindo com uma puta, que palhaçada é essa.

X - ae Alencar com todo o respeito Porra, nos se conhece, se vai me bater porque eu ia desenrolar com a mina, se você tiver comendo ela fica mec aí namoral, eu não sabia - o Matheus dar um murro no rosto do homem no chão, que logo coloca a mão no nariz pra estancar o sangue.

Alencar - para de caô kg, a Tainá e minha irmã, mete o o pé daqui, antes que eu te meta a bala.

O homem sai, sem nem render assunto.

Tainá - é um cu trabalhar em favela viu vó te contar.

Matheus - esses bicos não respeita nem a mãe deles. Já te falei que você não precisa trabalhar, eu te ajudo na sua faculdade preta.

O Matheus tipo uma imagem de pai para mim e pra Mayara, sempre defendeu a gente, ele já falou um milhão de vezes que eu não preciso trabalhar, mas eu prefiro ter meu próprio dinheiro.

Tainá - e eu já te falei, que eu não quero depende de ninguém.

Matheus - você que sabe, mas se alguém meche de novo com você, chega em mim e fala, se não eu mato o desgraçado e você sai desse trabalho a força - faço uma cara de tédio - vim aqui mata a fome, mas perdi ela, vou mete o pé, depois eu mando a Mayara pega uma quentinha pra mim.

Ele vai embora, e consigo ver uma mesa cheia de meninas que acabou de sair da escola, secando o Matheus com os olhos.

O futuro aí, a gente já sabe né.

...

Já é oito da noite, e eu já estava fechado tudo por aqui, e vou começar a limpar, mas antes coloco um som um pouco alto eu diria, já é costume arrumar com som.

Coloco "tudo aconteceu" do Delacruz.

Coloco as cadeiras em cima das mesas, e jogo água pelo chão, quando a música começa a tocar, eu começo a cantar alto.

Tainá - Mais uma vez o tesão foi mais forte que eu (foi mais forte que eu)
No baile da FM tudo aconteceu
Uísque e bala eu confesso que já estava na onda
Você chegou e me pediu de novo no banco do carona
Agora fudeu eu não paro mais.

...

Já terminei de limpar tudo, é já estou indo embora, pego minha bolsa e vou para casa.

Bia - Tainá sua puta - olho para trás, e rapidamente recebo um abraço, só pelo cheiro do perfume sei quem é.

Tainá - Bia sua prostituta, pensei que ia me abandonar pra sempre, era para você passar só 1 ano lá, você passou 3 anos, e nem pra avisar né piranha.

Bia - meu tio não tinha melhorado ainda, mas infelizmente ele se foi.

Tainá - meus pêsames Bia, sinto muito que você tenha passado por isso sozinha - dou um abraço apertado nela, a mesma parece esperar esse abraço a muito tempo.

Eu e a Bia se conhecemos desde os meus 11 anos. Ela sempre foi uma menina forte, os pais dela eram viciados, só o tio se preocupava com ela. Mas quando eu fiz 15 anos, o tio dela estava muito mal. Ela conseguiu uma oportunidade de morar em São Paulo para ter uma boa renda para cuidar do tio e a gente perdeu o contato.

Bia - tudo bem, nem sempre as coisas acontecer do jeito que queremos - fala saindo do abraço. - e você cresceu pra caralho em preta.

Tainá - nem vem com essa vozinha de bebê que eu tenho 18 anos agora.

Bia - eita como ela tá grande, vim só pra te ver mermo, fui na sua casa e o PA disse que você tava por aqui, mas fé pra tu nega, vou arrumar minhas coisas tô morando lá na rua 15.

Tainá - então se vai ficar - dou um pulo, e abraço ela de novo. - amanhã vai ter pagode na praça, eu passo na sua casa as uma da tarde, nem vem com papo que não vai.

Bia - olha pra preta, frequentando as coisa na comunidade tô gostando de ver em, é óbvio que eu vou, já me viu recusa festa?

Tainá - não - nós duas rimos, me despeso dela e vou pra casa.

...

Já está de manhã, eu me levanto e vou até meu guarda-roupa, pego meu cropped verde é um short Jeans.

Pego minha toalha que estava na porta, e vou em direção ao banheiro, e quando eu vou entra, o seboso do PA entra primeiro.

Tainá - anão pode mete o pé agora - resmungo e o PA me dá um pescotapa, logo em seguida eu chuto a sua perna, e ele entra trancando o banheiro - seu maldito, espero que você tome um pau de 20 nagô na rua.

Vou até o meu quarto, e pego meu celular entrando na mensagem da Júlia.
   
                      Juju🫶🏻

Júlia - vou passa aí na tua casa uma e meia, espero que você não demore tanto igual no dia do baile.

  Tainá - a desgraça do meu irmão,
Foi no banheiro primeiro, então eu
Não tô pronta vem duas hora, e a
Bia vai ir com nois.

Júlia - fica mec, eu passo aí às duas, mas nada mais que isso.

                    ———————

O PA finalmente sai do banheiro, e eu vou tomar meu banho.



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