Pelo complexo da maré

15

MAYARA ALENCAR

As meninas iam no baile que ia ter lá no campo, então eu decidi ir também.

A gente já tinha chegado lá no baile, e tava descendo do carro, onde a gente passava o Matheus comprimentava o povo.

O Matheus falou que ia subir pro camarote, e disse que tava liberado se a gente quisesse subir, a Bia foi pedir as bebidas dela e das meninas.

Eu tava com a Tainá, e olhei pro lado vendo o Breno me chamar.

Mayara - vou ali rapidinho, já volto. - sai dali, vendo a cara de desconfiada da Tainá.

Fui em direção ao Breno, cheguei onde ele tava, mas não o achei por ter muita gente.

Olhei para os lados para encontrar ele, e em um movimento rápido, uma mão se enrolou na minha cintura, me puxando para uma porta escura.

Me debati, para quem quer que seja me solta, mas era inútil, a pessoa era forte.

BL - que isso, marrenta, me batendo desse jeito vou acabar me acostumando. - o idiota fala rindo.

Soltei o ar que estava preso.

Mayara - você quer me matar de susto? Porra, não sabe chega igual uma pessoa normal.

BL - claro que não minha vida. - entrelaçou o braço na minha cintura.
- é meu menino? Como ele tá? - fez carinho na minha barriga.

Mayara - você nem sabe se é menino. - levantei a minha sobrancelha. - e o baby tá bem.

BL - eu tenho certeza que é menino. - fez uma cara de deboche. - aí depois a gente faz a Melissa, agora quem vem e o Gabriel.

Mayara - convencido.

Ele deu um sorriso de canto, e segurou meu rosto, com as duas mãos.

BL - você não tá pesando mais naquilo lá não, né? - deu um selinho demorado em meus lábios.

Mayara - eu não quero falar sobre isso, já está decidido! A gente vai embora sim, se meus irmãos descobre que eu tô grávida, eles vão matar você eu não quero isso. - ele ia protesta, mas eu fui mais rápido - eu te amo tá? Não quero que nosso filho ou filha, cresça sem um pai.

BL - você tem certeza que quer ir pra longe, sem se despedir da sua família? - apenas concordei. - tudo bem.

Me deu um beijo na testa, levantei minha cabeça para encarar-lo.

Mayara - minhas coisas já estão prontas, a gente vai ir depois de amanhã a noite entendeu?

BL - tudo por vocês. - sorriu de lado.
- bora lá em casa, amanhã eu tenho um correr pesado, o dg foi preso vou cobrir o lugar dele amanhã em roubo grande, quando eu volta nois mete o pé.

Mayara - vai indo na frente pro povo não fica no meu ouvido depois, vou manda uma mensagem para a Tainá, e já vou.

Ele pegou um baseado do bolso, acendeu, e saiu.

Peguei meu celular, e entrei na conversa da Tainá

Pretinha

Me : derrubaram uma bebida
Em mim, vou para casa, não se
Preocupa comigo, te amo.

Pretinha : tá bom, qualquer coisa fala comigo.

                          ...

Guardei o celular, e fui até onde o Breno tava.

Tava andando pelo baile até a saída, quando cheguei lá fora, procurei pelo Breno.

Vi o seu carro escuro buzina, fui em direção ao carro, e sentei no banco da frente.

...

BL - o papai vai te mimar tanto, você e a mamãe e as únicas pessoas que eu vou precisar nesse mundo. - da um beijo na minha barriga, que ainda não tinha nenhum volume.

A gente já tinha chegado na casa do Breno, eu tava sentada encostada na cabeceira da cama, e o Breno tava no meio das minhas pernas conversando com o nosso bebê.

Mayara - por que você precisa ir nesse corre? Por que o carioca não arrumar outra pessoa? - encarei seus olhos.

BL - a gente já conversou sobre isso, nem vai demorar muito, assim que eu chegar nós mete o pé para longe.

Eu dei um sorriso de lado, mas logo comecei a encarar o teto pensativa.

Esse assalto que eles vão fazer,  e de grande porte, o carioca nunca levava alguém que não tivesse sido promovido ao devido cargo, isso tava martelando na minha cabeça.

Talvez deve ser coisa de grávida.

Mayara - eu preciso ir, já tá amanhecendo, se minha irmã fala com a minha mãe eu tô fodida legal. - o Breno se levantou das minhas pernas.

BL - vou te levar. - ele saiu, em direção ao guarda roupa pra pegar uma blusa. - bora.

Me levantei e fui atrás dele.

...

Ele parou na frente da minha casa, e desligou o carro.

BL - tchau amor. - me beijou na testa, eu confesso que eu amo beijos na testa, me faz senti que estou protegida. - de madrugada a gente vai tá bom?

Mayara - tá bom, toma cuidado. - dei um selinho demorado nele e desci do carro.

Ele ligou o carro e foi embora, ajeitai meu cabelo, e me virei  para entrar em casa.

Mas que merda o Matheus tá fazendo me olhando?

Meu Deus, será que ele viu algo?

Matheus - você é algum tipo de maluca? Doente, algo do tipo? - cruzou os braços me encarando.

Mayara - eu não... eu não sei do que você está falando. - me fiz de sonsa, não é possível que ele tenha visto.

Matheus - PORRA MAYARA. - se alterou. - entra agora.

Eu até pensei em desafia ele, mas eu não estava querendo chama atenção, até porque eu vou ir embora.

Eu entrei, vi o Matheus querendo me arregaça.

Minha mãe logo apareceu.

ótimo mais atenção que coisa boa.

Maria - oque está acontecendo? - perguntou um pouco perdida.

Alencar - à Mayara tava se beijando com o BL, porra o BL tem 37 anos. - vi minha mãe fazer uma expressão de choque, mas ela não veio me fala nada apenas pegou o celular e ligou para alguém.

O Matheus deu um murro no espelho que tava na sala, fazendo ele fica em pedaços.

Alencar - porra, eu me sacrifiquei tanto, pra vocês brincar com a vida de vocês? Para de ser egoísta um pouco Mayara e começa a olha as merda que você tá fazendo.

Sem querer cai uma lágrima dos meus olhos, eu não sou egoísta, só estou vivendo a minha vida, por que isso é tão errado?

💋💋💋

Aperta na ⭐️