TAINÁ ALENCAR
O morro tava sendo invadido, eu tava no trabalho na hora tiver que sair fechando todo o estabelecimento da dona val.
Quando eu fechei me certifiquei se a dona val tava bem, afinal ela já é uma mulher de idade, e todo esses anos que eu trabalhei aqui me apeguei muito a ela.
Tainá - eu estou indo pra casa, ok - falo pra dona val - mas eu volto quando a invasão acaba.- falo com um leve sorriso.
Val - vá logo, não se preocupe comigo, eu moro aqui a minha vida inteira sei me cuidar quando isso acontece , vai com cuidado e me manda uma mensagem quando chegar em casa.
Apenas concordo com a cabeça, eu sei que a dona val sabe se cuidar, mas, ela já está numa idade onde tem que ter ajuda de alguém.
Saio de lá nas pressas, preciso chegar em casa antes que isso comece a vira um tiroteio.
Entro em um beco, pra ir pelo caminho mais rápido.
Quando eu estou saindo do beco uma arma e apontada na minha cabeça.
Eu apenas travo com medo, e levemente a arma e abaixada, eu olho pro lado pra ver quem era, e me surpreendo com o carioca.
Carioca - quando os fogos são lançados, é pra tá todo mundo em casa - diz sem olhar na minha cara - ao não ser que queira morrer com uma bala perdida.
Tainá - esse é o caminho da minha casa - falo como quem não quisesse nada - eu tava no trabalho, então não dava pra eu ter me teletransportador para lá - falo com um tom de ironia.
Carioca - tanto faz, só vai logo quero moradores pela rua agora não - fala e posso sentir um pouco de raiva em sua fala.
Tainá - otario - falo quase em um sussurro e saio dali em direção a minha casa.
Chego em casa e tranco tudo, na sala tava a Mayara com a Melissa e meu sobrinho Nicolas.
Tainá - a mãe? - pergunto curiosa e a May apenas faz um sinal dizendo que ela está no quarto, sempre que tem invasão é assim, ela rezando pela vida dos meus irmãos.
...
Já se passou duas hora, e os tiros pararam.
Outros fogos são lançados indicando o fim da invasão.
O PA entra pela porta de casa é minha mãe abre um sorriso enorme, e vai abraçar ele.
Maria - você tá bem? Se machucou?- faz várias perguntas é PA só concorda - e o seu irmão Matheus ele tá bem ?- pergunta preocupada
PA - ele tá bem mãe, ele sabe se cuidar- diz com tédio - e você Tainá, oque tava fazendo andando por aí meia hora depois dos fogos serem lançados?
Tainá - eu tava voltando do trabalho, fiquei preocupada com a dona val, mas assim que fechei tudo vim pra casa- respondo sua pergunta - já vi de tudo mais traficante Maria fifi e a primeira vez, da próxima manda o carioca tomar conta da própria vida.
Falo indignada e o PA rir, saio da sala e subo pro meu quarto.
Vou até o guarda roupa e pego um top rosa com alcinha é um shorts jeans, e um conjunto de lingerie preta, vou tomar um banho, pra levar meu sobrinho na praia.
Saio do banheiro já vestida, apenas penteio o meu cabelo e coloco minha havaianas do Brasil, que está branquinha, eu gosto de cuidar do que é meu.
Desço a escada, e vou até o nícolas perguntou se a Melissa vai vim mas ela disse que tem algumas coisas pra resolver no seu trabalho.
O PA deu uma carona pra gente até a praia
PA - qualquer coisa me liga, vou ter que voltar por que tem uns assuntos pra resolver da invasão.
Tainá - pode ter certeza que se algo acontecer, você vai ser a última pessoa que eu vou ligar, três anos pra atender um celular - dou uma risada sincera, o PA e tipo aquelas pessoas que tá com o celular no silencioso desde quando comprou.
PA - então se vira sozinha candanga- diz com a cara de chato dê sempre - eu eim, o cara tenta ajudar só se fode.
pego a mão do Nicholas, e vou em direção a praia, coloco minha canga na área enquanto o Nicolas tira sua roupa ficando apenas de sunga.
Nicolas- tia eu vou dar um mortal, olhaaa pra mim - correr um pouco longe e faz o mortal eu abro um sorriso e elogio ele, que logo entra na água pra brincar
...
Eu já voltei da praia já estou em casa , estou estudando pra prova de amanhã quando alguém bate na porta, infelizmente eu estou mais perto da porta e tenho que atender.
Quando abro a porta aparece a Júlia.
Júlia -como assim você ainda não está pronta? - fala indignada e eu apenas faço cara de tédio - eu te mandei mensagem, pra você se arrumar cedo, e nem vem com esses papo que não vai ir, porque você vai sim.
A Júlia me mandou mensagem as três da tarde "pedindo" aliás mandando, eu me arrumar pra ir no baile que vai ter hoje no morro, eu pensei que não ia ter mais depois da invasão, mas quem disse que tem tempo ruim pra baile.
Eu disse que não ia dar pra eu ir, por que estava exausta mas tu escuto? Nem ela, é agora tá aqui me forçando a ir.
Tainá - eu não tô no clima de baile hoje - falo resmungando - e lembra da última vez que a gente foi? Deu mo barraco.
Da última vez que ela me arrastou pra um baile, teve uma confusão, por causa que ela tava ficando com um pleyboy do asfalto, o irmão dela ficou sabendo, e o irmão dela é nada mais nada menos doque o carioca o dono do morro da maré.
Ele simplesmente parou o baile todo pra quase matar o cara, porque viu os dois em um beco escuro.
Júlia - olha aqui, se meu irmão fazer de novo essa putaria, eu vou ficar três anos sem fala com ele, isso eu prometo - faz um gesto juntando os dedos - e você vai se arrumar logo que eu quero ir cedo.
Como dizer um não, pra uma pessoa que não aceita esse não ?
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Pelo complexo da maré
عاطفيةTainá, nascida e criada no morro da maré, é uma garota que ainda vai viver muito. Será que essa vida simples e barulhenta permitirá que ela alcance seus sonhos? Caio, mais conhecido como "carioca", passou por muitas coisas na vida, mas ele sempre so...