(Continuação da parte anterior.)
Os cavalos continuaram o caminho ao templo, o mesmo era simples, um que você veria em qualquer lugar, a única diferença era que estava cheio de pinturas do deus das batalhas no lado de fora, em situações que o mesmo nem se lembrava de ter acontecido.
Os equinos pararam logo em frente a entrada do templo, Etíope libertou Hyacinthus de sua crina e permitiu que o mesmo saísse de seu lombo.
O deus ficou encarando a porta do templo, Bronte o empurrou para que ele batesse na porta.
Jacinto bate na porta apreensivo, ele estava no domínio de outro deus, um mais forte que si ainda, e agora batia em sua porta.
Barulhos de coisas caindo foram ouvidos dentro do templo, seguidos de risadas maníacas.
Em alguns momentos a porta se abriu levemente, um brilhante olho azul claro esverdeado pode ser visto na escuridão.
__Quem? Quem?__ a pessoa perguntou, a voz era agradável de ouvir, mas ela quebrava e o tom mudava muito rapidamente a tornando caótica, como se a pessoa não tivesse controle da própria voz.
__Olá... hum...__ o deus das batalhas olhou para os cavalos que moveram suas cabeças para que continuassem.__ Os cavalos... me troxeram aqui.
O olho se arregala ao ouvir aquilo, a porta é totalmente aberta e Hyacinthus é puxado para dentro do templo.
Os cavalos relincharam e se foram, a porta se fechou, acabando com a iluminação da lua, antes que o deus pudesse ver o outro.
__Visita!__ a pessoa exclamou.__ Quando foi a última vez que tive uma?__ perguntou a si mesmo.__ Não importa.
De repente, tochas com chamas verdes acenderam, iluminando o ambiente caótico, havia mais pinturas de Hyacinthus, só que essas continham um outro homem pintado, um extremamente familiar a ele.
Havia versos escritos nas paredes e teto, o chão tinha mais papéis, pergaminhos e livros jogados do que no templo no Olimpo.
__Você seria...?__ o deus da ordem perguntou e a pessoa surgiu em sua frente, flutuando de ponta cabeça.
__Meu nome?__ ele questinonou.__ Ele cantado já foi.__ disse.
O homem tinha cabelos ruivos extremamente bagunçados, devia estar cheio de nos, tinha sardas em seu rosto e havia notáveis cicatrizes de raio em seu corpo.
Jacinto piscou algumas vezes processando o que o outro disse e sua aparência.
__Já foi... cantado?__ estava confuso com aquilo.__ O que você quer dizer?
O homem começou a murmurar uma melodia, era mesma melodia que os deuses cantaram quado falando de...
__Apollon...?__ o dono do nome sorriu ao ouvir seu nome, mas este não durou muito, pois ele caiu no chão e começou a rir.
__É.__ Apollon disse.__ E você é o deus das batalhas, não?__ ele se virou para ficar deitado de bruços no chão.
__Sim, me chamo---__ foi interrompido pelo outro deus pondo um dedo na frente da boca do outro.
__Ssshh, tenho certeza que seu nome está aqui em algum lugar.__ Apolo disse e começou a procurar entra as coisas no chão.
Ele engatinhava pelo chão pegando os papéis e os lendo. Hyacinthus apenas o olhava como se ele fosse doido, mas falou nada, enquanto o deus aparentemente louco lia o que estava escrito ele falava os nomes em voz alta vendo se algum soava certo.
__Peleu, Odisseu, Polites, Agamenon...__ foi falando.__ Hércules... Hya---__ ele se silencia e olha para Jacinto, depois para uma das pinturas e de volta ao outro.
__Hyacinthus, meu nome é Hyainthus.__ o deus da justiça confirmou.
Apollon continuava quieto, ele então começou a rir e se distanciar, indo mais fundo no templo.
__Ele... Ele já se foi.__ Apolo disse.__ Anos, anos atrás.__ e então desapareceu na escuridão.
As tochas se apagaram de repente, deixando Jacinto no escuro e confuso, ele apenas solta um suspiro.
《...》
Quantos dias haviam se passado? Hyacinthus não sabia ao certo, apenas sabia que estava preso naquele território e que o dono dele desapareceu.
Havia algumas poucas vezes em que ele ouvia a voz de Apollon junto de sibilos de cobras, seguidos então de sons de escrita, mas nunca o via realmente.
O deus das batalhas havia tentado várias vezes sair de dentro do templo, mas a porta estava sempre trancada, ele se aventurava no templo, o que era inútil, já que parecia estar a andar em círculos.
Então o mesmo começou a se contentar em ler ou organizar as coisas jogadas pelo templo, que eram muitas.
Por não precisar realmente dormir, ele conseguiu organizar o local inteiro, o que o fez perceber que ali tinha nada além de alguns poucos móveis simples.
Quando tentava acender as tochas, elas se recusavam a acender e mesmo se acendessem, elas pareciam se recusar a iluminar algo além de si mesmas, então a maior parte do tempo estava no breu.
Jacinto está sentado olhando a uma das pinturas da parede, por algum motivo era possível ver elas no escuro, era ele deitado em um campo junto do homem presente em várias das outras.
Ambos estavam se abraçando e pareciam dormir a luz do sol, se bem que os dois vestiam nada.
Aquilo era familiar para o deus, mas não sabia o porque disso e imaginava que nunca realmente saberia.
__Lembro-me deste dia como se fostes ontem.__ Hyacinthus se virou vendo a silhueta de Apollon, ele soava mais lúcido.__ Perdão, não tive a intenção de te assustar.__ ele sorriu levemente e então se sentou ao lado do deus das batalhas.
As tochas se acenderam, o fogo delas não era mais verde, mas a cor normal e iluminava o local inteiro.
O outro deus não parecia muito diferente da última vez que o viu, mas seus olhos eram apenas azul claro ao invés do tom com verde de antes
Seus olhos, vidrados na pintura, exalavam cansaso e tristeza, havia um ar melancólico nele, muito contrário ao ar caótico de sua primeira aparição.
__Quem são eles?__ Hyacinthus perguntou, se virando para olhar a pintura.
__Não sei.__ Apolo respondeu após alguns momentos de silêncio, dizer aquilo pareceu machuca-lo, mas era bem difícil notar.__ Quando cheguei aqui, já estavam aí.
__Mas aqui é seu território, não?__ o deus das batalhas disse um pouco suspeito.
__Sim, mas tomei como meu após a construção deste templo.__ novamente, falar aquilo pareceu machucar-lo.
Queria inquerir mais, porém Jacinto decidiu contra, descobriria com o tempo a história daquele local já que aparentemente ficaria ali por um bom tempo.
Continua...
Palavras:1094Quem diria? Dois caps no mesmo dia.
Bom esse aq eu também terminei ontem, isso, pra mim, é uma introduçãozinha do Apolo já que como podem ver não teve muita coisa, mas já podem preparar que é pras desgraças começarem já na próxima parte.
Se não tiver cap aqui por um tempo é pq tô trabalhando na minha fanfic de React.
Até o próximo cap!
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Amarei você e as flores que nasceram de ti
FanficEstou com carência de fanfics de Apolo x Jacinto, então eu escreverei a minha própria! Aqui vai ser coletâneas aleatórias de ideias que tive para este casal que amo.