Capítulo Nove

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DESCULPEM A DEMORA

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Nᴏɪᴛᴇ ᴅᴏ Vɪɴʜᴏ
Chapter Nine

— Soube que você é a minha substituta. — Lauren quebrou o silêncio, mantendo o olhar fixo na mulher à sua frente.

— Dependendo do andamento dessa investigação, posso acabar sendo uma presença permanente. — Assegurou a atual diretora, sua voz firme e ousada. O comentário provocou um sorriso discreto em Lauren, que observava atentamente a nova adversária.

— Talvez. — Assentiu Lauren, dando de ombros com desprezo. — Essa seria uma grande possibilidade se eu realmente fosse a assassina. — Ela respondeu com segurança. — Mas como sou inocente, não tenho com o que me preocupar. Acredito que ainda mantenho meu emprego. — Isobel se recostou na cadeira, exibindo um ar de despreocupação. Ela, de fato, não acreditava na inocência da morena.

— Há quanto tempo você conhecia Humberto Iglesias? — Questionou Isobel, decidindo mudar o rumo da conversa.

— Nunca fui próxima dele. — Contou Lauren, dando de ombros, como se desmerecesse a importância da pergunta. — O conhecia apenas de vista, ou pelas propagandas e noticiários da TV.

— Nunca teve um contato direto com o senhor Iglesias? — Lauren negou. — Vocês dividiram um espaço dentro do navio, e mesmo assim vai me dizer que não teve contato pessoalmente? — Ela ergueu uma sobrancelha, desafiando Lauren a manter a postura.

— Um navio com mais de quinhentas pessoas. — Rebateu Lauren, com sua voz firme. — Mesmo que eu quisesse, seria impossível falar com todos os convidados. Além disso, passamos apenas algumas horas antes da tragédia acontecer. Não teria sido possível criar algum vínculo com Humberto nesse curto espaço de tempo.

— No entanto, o seu pai o conhecia muito bem. — Disse Isobel de forma sugestiva, observando atentamente a reação da Jauregui. — Estava ciente dos conflitos entre o seu pai e Humberto? — O tom de sua voz revelava a malícia em sua pergunta.

— O que está insinuando? — Perguntou Lauren, arqueando uma sobrancelha, com sua expressão desafiadora. — Não seria mais fácil ser direta? — Sua voz carregava indignação.

— Não estou insinuando nada, senhorita Jauregui. — Afirmou Isobel, com sua voz firme. — Estou apenas fazendo algumas perguntas, afinal, é parte do meu trabalho. — Ela deu de ombros, com um gesto que transmitia desprezo pelas palavras de Jauregui. — E acredito que você só enfrentaria problemas para responder se precisasse mentir em alguma delas.

— Não tenho problema em responder às suas perguntas. Só gostaria que fosse mais direta. — Afirmou Lauren entre dentes, com a impaciência transparecendo em sua voz. — Não gosto desses joguinhos de indiretas, senhora Castille. Se tem algo a me perguntar, faça de forma direta, sem rodeios. É para isso que está aqui, não é?

— Estaria disposta a matar o Humberto para proteger o seu pai? — Questionou Isobel, limpando a garganta após lançar a pergunta.

— Pelo amor de Deus! — Murmurou Lauren, bufando impaciente. — Eu NUNCA faria isso. Sou do FBI. Acha mesmo que eu arriscaria minha carreira por causa do meu pai? Meu pai sabe que o amo, mas não colocaria ele acima da minha carreira por uma implicância idiota. Entenda, as relações familiares são importantes, eu sei disso, amo a minha família. Mas a integridade e o dever profissional são fundamentais pra mim. Eu nunca deixaria que meus problemas pessoais, ou os de qualquer outra pessoa, interferissem no cumprimento do meu trabalho. — A indignação em sua voz deixava claro que a acusação de Isobel a ofendia.

𝐒𝐔𝐒𝐏𝐄𝐈𝐓𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora