Capítulo Onze

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Mᴏᴍᴏᴀ
Chapter Eleven

Buker caminhou lentamente pelos caminhos serenos do cemitério. O nome Charlotte Jane Memorial Park Cemetary, se destacava na entrada do lugar. O silêncio no interior envolvia o homem enquanto ele se aproximava de uma sepultura familiar. O vento calorento passava entre as árvores, levando consigo folhas secas e as cinzas antigas.

Ele finalmente parou diante da lápide, seus olhos fixos no nome gravado na pedra fria. Era como se o mundo ao seu redor desaparecesse, deixando apenas ele e suas lembranças. Um suspiro escapou de seus lábios, suas mãos tremiam ligeiramente enquanto ele se ajoelhava em frente ao túmulo.

As palavras não vinham facilmente. Ele tentou falar, mas sua voz falhou. Em vez disso, apenas um silêncio pesaroso preenchia o ar, revelando a profundidade de sua perda. Ele fechou os olhos por um momento, deixando as lembranças inundarem sua mente, cada detalhe tão vívido como se tivesse acontecido ontem.

Ele pensou nas conversas, nos sonhos e nos momentos de silêncio confortável. Pensou nas promessas feitas e nas quebradas, nos arrependimentos e nas palavras não ditas. Uma mistura complexa de emoções o envolveu, deixando-o perdido em seu próprio turbilhão de sentimentos.

Finalmente, após um longo momento, ele se levantou. Quando uma única lágrima rolou por sua bochecha. Ele traçou delicadamente as letras do nome na lápide, como se tentasse se conectar com a pessoa que ali descansava. Então, com um último olhar cheio de saudade, ele se afastou, deixando o cemitério para trás, mas carregando consigo as lembranças de quem ele foi visitar.

...

— Então, como está sua parte no caso do Humberto? — Perguntou Isobel, enquanto caminhava tranquilamente em direção a um beco, com a Hansen ao seu lado.

— Como você já sabe. — Respondeu após suspirar. — Normani decidiu realizar outra perícia. Parece que o corpo dele está cheio de mistérios para desvendar. — Declarou, frustrada. Quanto mais tempo levasse para resolverem aquele caso, mais as suas colegas de trabalho demorariam a retornar.

— Bom, ele era uma figura importante. Bastante conhecido, com certeza tinha muitos inimigos. — Assegurou, enquanto erguia a fita amarela e atravessava por baixo dela.

— Concordo. — Dinah seguiu o exemplo. — Pedi para que Ian elaborasse uma lista dos possíveis inimigos do Iglesias e a comparasse com a lista de convidados. — Informou. — Também solicitei que investigassem a fundo a vida de cada um deles, para ver se encontrava alguma ligação com os desafetos de Humberto.

— Bom trabalho, Hansen. — Elogiou, enquanto paravam em frente à negra, que estava agachada ao lado do corpo. — O que temos? — Perguntou, agachando-se também.

— Mulher americana, quase quarenta. — Apontou para o corpo. — No início, pensei que fosse um assalto que deu errado, mas isso é meio que impossível. — Começou Normani. — Ela foi deixada aqui para sangrar até morrer, e seus pertences estão intactos. — Informou. — Além disso, aparentemente, ela conhecia o assassino. — Apontou para o buraco no peito. — Há bastante pólvora ao redor do ferimento, então o assassino estava muito próximo dela.

— Conseguiu identificar a arma? — Perguntou Dinah. A loira permanecia em pé, com os braços cruzados abaixo dos seios.

— Não tive muito trabalho. — Pegou um pequeno saco plástico, que continha um pequeno pedaço de metal dentro. — O cartucho não parou muito longe do corpo. — Entregou o pequeno pacote para Dinah, que passou a observar detalhadamente. — É uma nove milímetros.

— Acha que ela poderia estar lutando pela posse da arma e acabou se ferindo? — Perguntou Isobel, chamando a atenção de Normani.

— Não. As mãos dela teriam resquícios de pólvora, além de não haver sinais de luta. — Concordou a mais velha. — Cheguei à conclusão de que era alguém conhecido, porque não há marcas no corpo dela. Estavam em um beco, em uma rua movimentada, ela certamente tentaria fugir. — Explicou como se fosse óbvio. — Haveria marcas ao redor da boca se ele tentasse silenciá-la. Provavelmente foi pega de surpresa, sem tempo para reagir. — Apontou para o rosto intacto. — Não há sinais de violência sexual, mas há algo nas mãos. — Apontou para os dedos longos e bronzeados.

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⏰ Última atualização: Sep 24 ⏰

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