Capítulo Dez

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Mᴏʀᴛᴇ Aᴏ Cᴜʀɪᴏsᴏ
Chapter Ten

— Aqui está, senhora. — A comissária chamou sua atenção para entregar-lhe a pequena garrafa de água. — Tenha uma excelente viagem, senhora Salvaterra. — A mulher acenou, despedindo-se da comissária sorridente.

Boa noite, senhoras e senhores passageiros. Eu sou o comandante Betta. Sejam bem-vindos ao voo 114, com destino final para Toronto, Canadá. Estamos prestes a iniciar nossa decolagem. Por favor, acomodem-se e ajustem os cintos de segurança. — A voz do piloto ecoou pelo alto-falante, captando a atenção de todos a bordo. — Desejo a todos nós uma excelente e tranquila viagem. — Desejou para todos, antes de iniciar a decolagem da aeronave.

Salvaterra removeu os fones de ouvido, colocando-os dentro da pequena bolsa que segurava. Sentada ao lado da janela estreita do avião, ela avistava a pista desgastada do local. Um suspiro profundo escapou de seus lábios enquanto ela voltava seu olhar para o interior da aeronave.

Piscou diversas vezes, suspirando enquanto se ajeitava na poltrona. Decidiu que os seus últimos momento em solo americano não era algo que deveria ocupar seus pensamentos naquele momento. Salvaterra segurou a pequena garrafa transparente em uma das mãos e a desenroscou, tomando boa parte do líquido antes de parar abruptamente ao sentir uma pequena mão em seu cotovelo.

— Água. — A pequena garotinha apontou para a garrafa transparente meio cheia, que estava em sua mão. — Água! — Chamou novamente a sua atenção, chamando a da sua responsável consequentemente.

— Oh, me desculpe! — A mulher se desculpou de imediato, ao ver a filha pedindo água para uma estranha. — Maddison, não peça água para ela, amor. Pare de incomodar. Se quiser alguma coisa, é só pedir para a mamãe. — A mulher a repreendeu cuidadosamente.

— Não tem problema. — Levantou a mão, como se não se importasse. — Quer um pouco de água, pequena Maddie? — Indagou para a criança, vendo-a assentir, então olhou para a mãe, pedindo permissão. A mulher suspirou, então assentiu receosa. — Certo. — Sorriu para a criança, enquanto pegava um pequeno pedaço de guardanapo, do pacote que guardava em sua pequena bolsa, limpando a borda e logo depois enroscando a tampa, para só então, entregar para a pequena garotinha. — Aqui, Maddie. — Disse enquanto entregava a garrafa inteira para a menina, que sorriu em resposta.

— Água! — Exclamou animada, olhando para a pequena garrafa com os olhos brilhantes.

— Me desculpe. — Pediu a mulher, ao ver a filha encantada com o líquido transparente. — Te prometo que quando chegarmos, te darei uma nova. — Se referiu a garrafa.

— Ah, não tem problema. — Deu de ombros. Realmente, não se importava. — Entendo bem essa fase curiosa. A minha filha costumava pedir qualquer coisa diferente para qualquer pessoa que visse. — Sorriu nostálgica.

— Então tem uma filha? — A mulher indagou impressionada. — Me desculpe pela indelicadeza, mas não parece. Parece ser tão nova.

— Bom, a minha filha está com 15 anos, então não sou tão nova assim. — Assegurou, fazendo a mulher fiicar boquiaberta.

— Você não parece ser mãe de uma adolescente, se eu fosse chutar, diria que você é mãe de um bebê. — Afirmou, fazendo S/n sorrir.

— Eu ainda acho que ela é o meu bebê, então tá valendo. — Brincou, fazendo a mulher rir.

— Acredito que comigo e a Maddie vai ser a mesma coisa. Já que é apenas nós duas. — Olhou para a filha com carinho. — Ela vai ser o meu eterno bebê. — Sorriu, fazendo S/n sorrir. Salvaterra gostava da demonstração de amor da mãe para a pequena. Que ainda permanecia com a atenção grudada no líquido transparente.

𝐒𝐔𝐒𝐏𝐄𝐈𝐓𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora