Eu tenho você

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"Algumas pessoas querem tudo
Mas eu não quero absolutamente nada
Se não for você amor
Se não tiver você amor"

🌹

- Eu quase sinto ciúmes dele - disse Muzan ao vê-la deitada no sofá da biblioteca com o gato em cima de sua barriga enquanto ela acariciava a cabeça dele e lia concentrada um livro.

- Muzan... - ela sorriu resplandecente ao olhar para ele, então fechou o livro e o deixou de lado.

- Hunf! - bufou claramente enciumado - ele está bem melhor, saudável e parece tão feliz e confortável sobre seus toques - disse ao se aproximar.

- Sim... graças a você - ela concordou gentilmente olhando para o gatinho ainda acariciando ele.

- Não fiz nada de mais, mas fico feliz que ele tenha se recuperado rapidamente... -  ele tentou acariciar o gato mas ele rosnou e saiu de cima dela - Animal ingrato! - cerrou os olhos vermelhos descontente na direção do bichano.

Ela riu baixo descontraída.
- Parece que ele ainda não vai muito com a sua cara Muzan! - se divertia.

Ele suspirou voltando o rosto para ela.
- Mas ele gosta muito de você.

- Ah... entendi - falou sorrindo -  mas não precisa ter ciúmes. Vem aqui... - ela estendeu a mão aberta próximo ao próprio corpo num gesto íntimo que apenas ele sabia o que significava.

- Tsk! - travou a mandíbula irritado - Isso de novo?! - tinha um leve rubor nas bochechas enquanto olhava fixamente para mão dela pensativo hesitando.

- Venha por favor... - ela mexeu a mão pedindo de novo, mas dessa vez mais docemente, da forma que sabia que ele não conseguiria resistir.

Ele inspirou profundamente e expirou o ar pela boca se forçando a parecer mais bravo do que realmente estava.
- Você não se cansa mesmo hein?! - então após perceber que ela não desistiria pela maneira que o fitava, mesmo hesitante ele desceu rente ao sofá se ajoelhou na frente dela e finalmente encaixou o queixo em sua mão  - satisfeita? - falou relutante, suas bochechas tinham ficado mais coradas.

- Muito... - ela sorria encantada tendo o rosto dele em sua mão outra vez - você é tão fofo Muzan...

- Não me chame de fofo! Eu sou o rei demônio! - ele repreendeu ela firmemente, tentando disfarçar seus verdadeiros sentimentos quanto aquilo.

- Eu sei mas... - ela começou a acariciar o queixo dele suavemente com os dedos - você também é o meu gatinho fofinho...

Ele ruborizou mais sentindo-se desconfortável mas ao mesmo tempo apreciando o carinho que ela lhe dava.
- Você não devia falar isso... não devia fazer isso... Não sou um gatinho...

- Não consigo evitar... - ela desceu as carícias para abaixo do queixo dele movendo os dedos em sequência suavemente - Você é adorável...

Ele ficou em silêncio lutando contra a sensação gostosa que era ser acariciado assim por ela, e seus elogios aqueciam seu coração tornando mais dura a batalha. Um demônio como ele jamais poderia deixar-se ser tão submisso mesmo amando ela demais, porém, assim como as vezes anteriores, enquanto ela continuava ele sentia o seu rosto esquentar e desejava mais. Então fechou os olhos lentamente tentando resistir e manter uma expressão indiferente.

Muzan - UltraviolênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora