Confronto

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Todos os outros presentes entraram em histeria, gritavam, choravam, rezavam, corriam, um verdadeiro caos instaurado. Até os servos demônios se amedrontaram com aquela presença e fugiram.

- Mestre! - Douma que já havia regenerado a boca - Por que não disse que viria? Teria mandado recepciona-ló devidamente em meu humilde palácio - sorria ao falar agora já totalmente recuperado.

- E desde quando eu preciso avisar alguma coisa a você imprestável?! - falou rigidamente sem tirar os olhos da garota - Eu só vim aqui porque mais uma vez você não conseguiu cumprir uma simples tarefa! Era para esta garota está no castelo infinito há dois dias!

- Perdoe-me mestre, eu a trouxe para cá porque já ia amanhecer e ela estava cansada, além do mais ela...

- CALADO! Eu não quero ouvir desculpas, é só isso o que vocês luas superiores sabem dizer diante das próprias incompetências! Eu não sei porque vocês ainda existem!

- Oh meu senhor! Tem razão, castigue-me como quiser! Na verdade, pode tirar minha vida neste instante! - se curvou mas não demonstrava medo algum, na realidade parecia excitado.

O rei demônio cerrou os dentes irritando-se mais com a expressão do seu subordinado.

- O deus vive! Nosso senhor vive! Aleluia! - os fiéis que restaram no ambiente louvavam e cantavam eufóricos.

- Ele ressuscitou! - causavam um tremendo barulho ensurdecedor em suas exaltações.

- Irritante! - Muzan expandiu minimamente sua aura hostil matando os fiéis mais próximos - SUMAM FORMIGAS MALDITAS!

O pânico surgia novamente mais forte.

- DOUMA! - Muzan massageou a têmpora direita - Livre-se deles ou então eu me livrarei de todos vocês!!

- Claro, claro mestre! - ele se afastou dirigindo-se aos seus adoradores - Meus lindos fiéis! Por favor, sigam-me!

- Senhor! O que está acontecendo? Quase todos os nossos amigos estão mortos! Salve-nos deste demônio! - suplicavam.

Douma estendeu os braços gesticulando enquanto falava.
- Eu os manterei seguros, apenas venham comigo e tudo será explicado divinamente... - então ele saiu do templo em direção ao alojamento dos fiéis sendo seguido pelos mesmos.

- Agora vamos - Muzan falou para ela.

- Não! - ela se afastou para trás.

- Argh! Sabe que eu odeio essa palavra! Você vem comigo - segurou o braço dela - por bem ou por mal.

- Eu nunca mais voltarei praquele lugar, ou qualquer outro onde você esteja Muzan! - se soltou com um puxão.

Ele bufou embora tentasse manter a paciência.
- Eu sei que você está chateada e que te devo algumas explicações, mas nada mudou, você ainda é minha, conversaremos em casa.

- Chateada? Você acha que eu estou "chateada"? - negou indignada - Você é um mentiroso!! - empurrou ele agressivamente mas ele não se moveu do lugar, apenas segurou as mãos dela em seu peito.

Muzan - UltraviolênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora