Por favor

45 5 3
                                    

- É isso, siga minhas recomendações e você terá uma gestação saudável.

- Obrigada doutor.

- Por nada, até a próxima consulta - o médico me tranquilizou e eu levantei fazendo meu caminho de volta para o palácio.

Assim que entrei em meu quarto levei um susto quando vi Douma.
- O que está está aqui?! Você não pode simplesmente entrar sem minha autorizaç - mas antes que eu completasse ele me agarrou puxando minha cintura com uma mão e com outra pôs atrás da minha cabeça me trazendo de encontro a boca dele me beijando sem controle.

- D-douma! - falei enquanto virava o rosto tentando fugir dos seus lábios mas ele me seguia aonde eu fosse - Não! - resisti separando nossas bocas ao empurrar seu peito.

- O que há com você?! - perguntei furiosa, ele ainda me mantinha agarrada.

- Só vim perguntar como foi sua consulta - grudou o rosto no meu pescoço beijando - está tudo bem com você? - me perguntou mas não sei se ele realmente queria saber, ele parecia um animal afundando o rosto me cheirando e beijando.

- Está! Mas... Se afaste agora mesmo, superior dois! - então ele recuou ao soltar minha cintura.

- Você perdeu a razão por acaso? - eu perguntei tocando em meu pescoço.

- Mas eu pensei que nós fôssemos mais amigos agora... - me deu um olhar confuso e vitimista.

Suspirei.
- Não podemos ser amigos.

- Não diga isso - ele voltou a se aproximar mas agora com as mãos abertas na direção no meu rosto querendo tocá-lo, parecia desnorteado mas me afastei antes que ele conseguisse.

- Por favor vá embora - pedi apontando para porta.

- Me deixe ficar com você, eu estou aqui para cuidar de você.

- Eu já tenho uma dama de companhia para isso.

- Mas ela não pode cuidar de você do mesmo jeito que eu - ele estava bem perto de mim mas sem me tocar - Eu posso te fazer feliz.

- Homens são inacreditáveis... - esbocei um meio sorriso sarcástico - Você acha mesmo que pode me fazer feliz só porque a gente... - arfei - pensei que você fosse mais inteligente Douma.

- Não minta... - apoiou a mão na parede ao lado na minha cabeça me encurralando - Seu corpo me mostrou ontem que eu sou mais do que capaz. Se você não tivesse fugido, a essa hora você já tinha esquecido dele.

- Você não entende mesmo. Vá embora.

- Eu entendo florzinha, você foi atrás de mim ontem querendo achar algum alívio para a dor que ele te causou, mas o que eu não entendi ainda é por que você nega que esteve feliz nos meus braços. Por acaso não foi você que gozou na minha boca?

- Douma, por que você acha que eu "fugi?"

- Talvez se sentiu culpada por gostar tanto?

- Não. Foi porque eu me dei conta... De que eu não poderia tirar ele da minha cabeça. Eu fui até você Douma, mas não porque eu te desejava realmente, eu só queria usar você... - ele mudou o semblante nitidamente confuso, então toquei em seu rosto - me desculpa.

- Não é verdade, você realmente gostou de mim, você só não sabe ou quer admitir, mas o corpo não mente. Você tem medo do mestre, por isso que está falando essas coisas - ele pousou a mão em cima da minha - mas não precisa ter medo, ele não vai fazer nada, eu garanto e se ele fizer eu-

Muzan - UltraviolênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora