Muzan - Ultraviolência

Obrigada

- Posso te comer? - ele inclinou o tronco pra alcançar a garota que estava deitada no futon dele.

- Sim!

- Sério?

- Não! - os dois riram.

- Essa é milésima negativa que você me dá só hoje! Talvez seja o milionésimo fora que recebo se fizer as contas.

- Você não está contando mesmo, está? - perguntou sorrindo ao fechar o livro que estava lendo.

- Talvez eu esteja...

Ela riu alegremente.
- Você sempre me faz rir Douma.

- Isso é porque eu gosto do som da sua risada - falou bem próximo da boca dela a fazendo corar e desviar o rosto.

- Me ajuda a levantar?

- Claro - ele apoiou ela enquanto ela levantava com dificuldade tocando na barriga.

- Obrigada... com esse barrigão até uma tarefa simples como levantar se torna uma luta.

Ambos focaram o olhar na barriga dela.
- Posso? - ele perguntou.

- Claro que sim - ela respondeu sorrindo então Douma tocou na barriga dela acariciando.

- Ele chutou de novo! - o oni sorriu, ele havia adquirido o hábito de sentir os chutes que o bebê dava, isso o deixava alegre.

- Foi mais forte dessa vez florzinha! Nem parece que ainda falta um mês.

- Realmente, esse danadinho não tem me dado descanso, seus chutes tem ficado mais frequentes.

- Acho que ele já quer sair - encostou o ouvido na barriga dela tentando escutar algum som - Mas vai ter que esperar mais um pouquinho, está ouvindo bebê? - continuou.

- Acho que ele ouviu! Ele chutou de novo! - disse Douma afastando o rosto.

- E foi mais forte dessa vez! - ela acrescentou e acariciou a própria barriga.

- Sim... - Douma estendeu o braço - Vamos?

Ela segurou o braço dele e depois caminharam para o consultório do doutor no alojamento dos fiéis.

- Sua festinha particular terminou tarde ontem hein...

- O que posso dizer, todos querem um pedacinho do deus Douma - falou sorridente.

- Seu convencido!

- Oh, será que está com ciúmes gatinha? - acendeu o rosto.

- Claro que não! Fico feliz por você gastar seu tempo se divertindo ao invés de devorar as pessoas.

- Ah é isso... - ele se decepcionou.

- Mas mudando de assunto... Obrigada por sempre me acompanhar nas consultas Douma, você se tornou um bom amigo, como disse que faria.

- Obrigado você... por me permitir fazer parte disso - ele acariciou a mão dela e seguiram em silêncio.

- Doutor? - Douma anunciou ao entrar com ela na sala - trouxe a grávida mais linda do mundo.

- Ah Douma... - ela expressou corando as bochechas e todos sorriram.

- Venha eu vou te ajudar a deitar - a filha do médico que também era assistente dele a ajudou e ela agradeceu.