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Gatilhos: Tortura física e psicológica, uso de arma de fogo, tentativa de assassinato.

A partir de agora os capítulos vão ser muito pesados, então caso não queiram ler, podem falar comigo que eu faço um resumo tentando deixar bem mais leve o que aconteceu.

E lembrando: NÃO É DEATH FIC.

- Menos de vinte minutos… Eu consigo.

Chan fala enquanto coloca a escuta em seu ouvido, assim como Minho. O caminho inteiro levou menos de duas horas, afinal, Minho conhecia muitos atalhos, eles não compartilharam tantas conversas, no máximo repassaram o plano algumas vezes para checar se tudo estava bem, não sabia se Minho simplesmente não estava nervoso ou se ele sabia disfarçar perfeitamente o que sentia, mas era no mínimo estranho.

- Não morre, Christopher. - Ele diz sério - Eu não quero traumatizar o meu irmão.

- E eu não quero traumatizar o meu namorado, vou fazer o meu melhor. - Ele olha para a frente, Minho estava com um notebook gigante em seu colo - Mas tudo pode acontecer.

Chama a atenção do mais novo com aquela fala, prende os lábios em uma linha reta e leva uma das mãos até seu bolso, tirando de lá uma folha de caderno dobrada. 

- Se eu não voltar de lá, entrega isso ao Jeongin. - Estende o papel para Minho sem nem olhar para ele - E cuida dele, ele não vai te culpar se eu não voltar, e você é a única pessoa que eu confio pra ajudar ele caso o pior aconteça, por favor, não deixe ele sozinho. 

Ele coloca a mão no outro bolso.

Mais dois papéis.

- Felix e minha mãe, diz a eles que eu sinto muito por não ter me despedido direito.

Minho manteve o silêncio por alguns segundos depois de pegar as cartas da mão do mais velho, seu corpo inteiro doía, depois de uma vida inteira ele ainda não conseguia lidar com coisas do tipo. Preferia que colocassem uma arma em sua cabeça, qualquer tortura seria melhor.

- Deixa comigo. - Responde e olha para a tela do notebook - Tudo pronto, congelei a imagem das câmeras em loop. - Pega uma arma em sua bolsa e estende para Chan - Depois do tiro eles têm dez segundos de reação até o sedativo fazer efeito, você precisa tomar cuidado, no pescoço o efeito é quase instantâneo. - Chan assente - Quando você disser que está pronto eu aciono o alarme e destravo o portão.

O mais velho checa o bolso traseiro para ver se estava tudo com ele e respira fundo uma última vez, sua mão vai até a maçaneta, mas seu corpo é puxado para o lado oposto no meio do caminho.

Minho o abraçou.

- Não é só pelo Jeongin. - Diz baixo - Você precisa sair vivo de lá.

- Também te amo, cara. - Os dois acabam rindo fraco, desfazem o abraço e Chan sai do carro, olha para o relógio em seu pulso e liga o cronômetro - Se alguma coisa sair do controle você precisa focar no plano B, por favor, não vai me procurar. - Minho assente sério - Pode fazer seu trabalho.

Minho digitou por alguns segundos e lançou um olhar de confirmação para ele, foi o suficiente para Bangchan correr entre as árvores e chegar em poucos minutos no portão dos fundos, um portão que quase nunca era usado. O segurança que tomava conta do lugar estava dentro de uma cabine com a janela aberta, sua expressão era de pura confusão enquanto falava alguma coisa incompreensível tentando se comunicar com os outros, mas Minho tinha cortado toda a comunicação dentro do local.

Ele foi discreto ao se aproximar e mirar no homem a uma boa distância, o dardo foi certeiro em seu pescoço, sem barulho e estardalhaço, o homem caiu desmaiado no chão e o primeiro passo estava completo.

Treacherous | Jeongchan Onde histórias criam vida. Descubra agora