Capítulo 3

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Amaury

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Amaury

Quando vi aquele tweet e toda a movimentação na minha tela, a primeira coisa que fiz foi rir. Ri dos comentários, ri dos amigos do cara e dele em desespero, imagino que se fosse comigo também reagiria assim, mataria meus amigos sem remorso algum.

— Ah não! - Soltei frustrado, quando fui entrar no perfil e percebi que ele privou a conta.

Sou bixessual assumido a muito tempo, como sabem, meu último relacionamento foi meu casamento de anos com Débora, desde então ninguém mais apareceu ou foi relevante o suficiente para ser assumido.
Penso que com tudo o que tem acontecido em minha vida, nem acho que estou neste momento, não tenho energia para conhecer gente, me abrir e recomeçar todo o processo de flertes e etc, ai que preguiça.

Meu almoço com Bárbara e Talitha foi tudo o que eu precisava para aliviar as preocupações que tinha com a inauguração da escolinha. Uma coisa é ter muitas inscrições, outra bem diferente é ter presença.

O dia seguinte chegou e observei que os pais eram os que mais estavam animados com seus filhos ali sendo ensinados por mim, um ator que modéstia parte, é um sucesso. Uma criança em especial me surpreendeu demais por estar ali, o garoto da peça.

— Ih tio, até que hoje você não tá tão feio. - Ele falou apontando e rindo. Respirei fundo.

— JULIO! - A mulher ao seu lado o repreendeu e ele cruzou os braços emburrado. — Desculpa por isso. - Ela disse vermelha de vergonha, me compadeci com a moça, imagina ter um filho implicante assim? Deus me livre.

— Não tem problema não. - Disse simplesmente e me abaixei ficando na altura do menino. — Ta animado pra começar as aulas, Julio né - me dirigi a mulher e ela assentiu — você gosta de teatro Julinho?

— Detesto! Falei que não queria, mas minha mãe me obrigou.

— JULIO! - Acabei rindo, ah a sinceridade infantil é um primor.

— Que? Ele me perguntou.

— Vamos ver se consigo te fazer mudar de ideia com o tempo, né? Teatro é legal, pô, tu vai ver, daqui uns dias vai ta adorando.

— Hm… - Ele deu de ombros, me levantei.

Os dias se passaram e ele não estava adorando coisa nenhuma, na segunda aula ele conseguiu, não me pergunte como, amarrar meus cadarços um no outro e quase levei o maior tombo da minha vida. Nunca tinha encontrado uma criança tão do contra. Ele ficou na minha turma, e parecia que fazia de tudo pra me contrariar.

“Julinho vai pra esse lado” ele ia pro outro. “Julinho dá um sorriso” ele passava a aula toda sem esboçar uma única reação, o que me deixou na verdade muito intrigado, o domínio que ele tinha de suas feições era algo realmente admirável, só tinha o gênio muito forte e não era nem um pouco colaborativo. Via muito potencial nele e isso era de certa forma muito cansativo, pois o garotinho não colaborava.

Comportamentos que ele tinha que me faziam pensar que alguém sabia o que tinha que fazer e o ensinava, além disso mostrava ter uma ótima memória, era incrível até para alguém da idade dele. Tinha a impressão de que o abençoadinho - forma carinhosa que o chamava em minha cabeça - só não ia muito com a minha cara, mas estava disposto a mudar isso.

— O que você tá fazendo aqui fora Julio? - Perguntei o segurando.

— To só apreciando a vista. Até que tá um dia bonito. - Ri de seu atrevimento, como uma criança poderia ser assim?

— Tá atrasado de novo! - Tentei parecer bravo.

— Meu pai que me trouxe hoje, olha ele ali. - Levantei o olhar e o encarei, o homem estava a alguns metros paralizado, aquela mesma feição, mas seu olhar era bem diferente do das minhas fãs malucas.

Coloquei Julinho no chão e conforme o mais velho ia se aproximando reconheci seu rosto do twitter. Comecei a rir involuntariamente.

— Que mundo pequeno. - Comentei estendendo a mão e ele segurou. — É um prazer finalmente conhecer meu namorado.

— QuÊ?

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