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Dei mais um gole na mistura de redbull tropical com gin que eu bebia e dei risada para Helen que por pouco não caiu de cara no chão. Quem é Helen? Bom, supostamente uma amiga do Bruno, fomos apresentadas hoje, gente boa e que me pareceu a melhor companhia feminina dentre as possíveis nessa noite, já que a Rosa tinha ido embora bem cedo

— Vem, vamos ao banheiro - segurei em seu braço e a conduzi até o banheiro mais próximo - joga uma água no rosto - sugeri e ela assentiu

— Obrigada, Isa - falou um pouco arrastado e eu acabei rindo. Ela foi na onda de virar cachaça com alguns dos meninos e agora estava nesse estado. Na saída do banheiro alguns caras tentaram parar a gente, mas desviamos - ela namora, sabia???! - a Helen falou pra um dos caras que tentou me encurralar - meu amigo tem 1.90, se eu fosse você nem chegava perto dela - tentou botar medo no cara e eu tive que prender o riso

— Sua doida! - dei risada quando voltamos pra perto do pessoal e ela riu. Observei ao redor e avistei o Bruno com uma loira, que falava algo ao pé do ouvido dele, ele acabou me olhando bem na hora e piscou na minha direção. Neguei rindo e não deu nem 2 minutos pra ele parar bem do meu lado - que foi? - ri

— Vim ver se você tava bem - sonso

— Eu to ótima, meu bem - sorri e ele deixou um beijinho no meu pescoço

— Vi que você se deu bem com a Helen, por isso não to muito em cima - falou com certa preocupação e eu assenti

— Relaxa, você sabe que eu me viro - ri fraco e vi a loira procurando por ele novamente - parece que sua amiga está te procurando - talvez tenha soado um pouco mais debochado do que eu realmente pretendia, mas saiu!

— Eu já fiquei com ela faz muito tempo - começou a me explicar do nada - mas toda vez que a gente se vê ela me aluga, só que nem amigo a gente é - saiu mais como um desabafo e eu ri

— Então é assim que você trata sua ex ficantes, Bruninho do vôlei? - arqueei as sobrancelhas e ele deu risada negando - já vi que no futuro se me encontrar na rua vai até atravessar pra não falar comigo

— Você sabe que a gente é diferente - acariciou meus cabelos e acabei sendo traicionada pelo meu sorriso. Eu sei? Eu não sei é de nada. Sei de mim. Sei que to me ferrando. Sei que to caindo na besteira de realmente gostar de um cara bonito pra cacete, simpático, mega disputado e rodado. É disso que eu sei!

— Eu só sei de mim, Bruno - ri fraco e ele arqueou as sobrancelhas me encarando - não posso falar por você - expliquei melhor

— Pô, Isa, se não tá bem na sua cara eu já nem sei mais o que preciso fazer - gesticulou e eu fiquei encarando ele meio sem ter o que dizer - achei que estivesse claro pra você o quanto eu gosto da gente juntos, o quanto... - antes de concluir, ele suspirou fundo e acariciou meu rosto com cuidado, mas no mesmo instante fomos interrompidos pelos amigos dele pulando incessantemente em cima dele ao coro de "acorda Bruninho, que hoje tem campeonato", o que me fez revirar os olhos mentalmente e dar uma risadinha fraca.

— Isadora, não acredito! - um homem alto parou ao meu lado e eu ergui o olhar encontrando o Matheus

— Cara, como assim? - perguntei incrédula e a gente se abraçou rindo - quanto tempo, meu Deus - ri

— Vem pra São Paulo e não avisa, porra - riu fraco. Bom, conheci o Matheus quando tinha 22 anos, nós fizemos intercâmbio para o Canadá na mesma época e nos conhecemos por lá. Pertencíamos ao mesmo grupo de amigos, só que nossa amizade evoluiu pra bem mais que isso, mas depois o fato de eu morar no Rio e ele em São Paulo, acabou afastando a gente

DEPOIS QUE EU TE VI • Bruno RezendeOnde histórias criam vida. Descubra agora