DEPOIS QUE EU TE VI • Bruno Rezende

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Depois de uma noite repleta de surpresas e revelações, na manhã seguinte eu acordei antes do Bruno. Olhei para os lados e ele ainda dormia, observei seu torço desnudo e acabei sorrindo involuntariamente! Que ódio, eu to muito rendida por ele e por esse rolo que estamos nos enfiando.

Acho que, no fundo, nós dois temos receio por tudo acontecer tão rápido e ele inventou isso de "tentar só nós dois". É meio desesperador gostar tanto de alguém que eu conheci há um mês e meio, mas, apesar disso, eu recomendo.

Quando terminamos aquele momento de revelações, estávamos os dois muito cansados, afinal o dia foi muito cansativo, então nos deitamos e lembro da gente ficar abraçadinhos na cama enquanto conversávamos sobre algumas coisas. Inclusive, ele me chamou para assistir ao jogo dele em Brasília no próximo final de semana. Como podemos ver, um certo alguém tem ocupado todas as minhas programações nas últimas semanas

— Bom dia, linda - ouvi a voz rouca e senti a mão dele deslizando pela minha cintura. Essa era a segunda vez que dormíamos juntos, a outra vez foi na casa dele, quando eu fizemos o churrasco e logo depois ele sumiu. Naquele dia, quando a gente acordou, eu achei um pouco constrangedor, principalmente porque eu sempre dava um jeito de correr depois do sexo, já que eu não sei muito bem reagir a essa coisa de sexo casual. Mas, dessa vez, eu me sentia bem diferente e muito mais confortável, até porque tive tempo para me preparar mentalmente pra isso... não me julguem!

— Bom dia, Bruno - sorri

— Bruno não - riu e me puxou na direção dele

— Se não é Bruno, vou chamar de que então? - ri e passei meus braços pelo pescoço dele

— Lindo, gostosão, maravilhoso, tem várias opções - falou descontraído e eu gargalhei

— Ah sim, entendi gostosão - rimos

— Excelente escolha - falou todo sério e eu ri ainda mais - acho que gostosão combina comigo - passou as mãos pelo corpo

— Acho que to passando mal - fingi estar com falta de ar - seu ego está me sufocando - ele riu e se jogou por cima de mim - sai, Bruno, já viu o seu tamanhoooo? - gritei

— Brunooo? Quem é Brunoo? - forçou ainda mais o seu corpo para baixo

— Você acordou carente, é isso? - ri e consegui empurrar ele para o lado

— Sim, lembrei de você brigando comigo ontem - fez drama e eu bufei

— Com certeza você acordou carente - ri - relaxa, lindinho, tá precisando de carinho, é? - passei as mãos pelo rosto dele

— Caralho, Isadora, você é muito bruta... aonde que eu to amarrando meu burro - pareceu divagar e eu gargalhei

— Para, Bruno, não sou nada - foi a minha vez de me jogar em cima dele - desmente o que você falou, vai desmente - passei minhas pernas pela cintura dele - eu sou fofinha, lindinha, toooda bonitinha - ri e ele segurou nos meus cabelos, logo me puxando para mais perto dele

— Sim, lindinha, toda bonitinha - riu e sabe quando o clima muda? - e tem me deixado maluco, isso sim - ri jogando minha cabeça para trás

— É? - sorri na direção dele e rebolei suavemente em seu colo - quão maluco? - me debrucei sobre ele e rocei nossos narizes