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Quando chegamos em frente a casa do Bruno, o dia estava começando a anoitecer, por mais que fosse inverno, só para variar fazia calor no Rio de Janeiro e o dia estava lindo, como quase sempre

— Sabe o que a gente podia fazer agora? - perguntei e ele parou para prestar atenção em mim - pegar uma bicicleta do ITAU e andar pela orla, poderíamos ir até o Arpoador ver o por do sol, muito tempo que eu não vou lá - dei um sorrisinho

— Ótima ideia - sorriu e entramos na portaria do prédio - espera aqui embaixo que eu vou subir com as nossas coisas, rapidinho

— Eu posso ir com você! - ofereci

— Não, não - respondeu de forma rápida, até um pouco estranha - pra ser mais rápido, Isa,  já já anoitece - pareceu perceber minha confusão e eu assenti - vou rápido - selou nossos lábios e se afastou. Eu ein, homem maluco!

Enquanto esperava o Bruno voltar, aproveitei para avisar a minha mãe que já estava no Rio e ela respondeu quase que imediatamente

Não vai voltar pra casa?

Talvez mais tarde, estou no Bruno...

Vocês dois, não sei não...
Vai dar 👩‍❤️‍👨👩‍❤️‍💋‍👨
Kkkkkkkkkkk

Hahahahaha
Hj estamos comemorando o dia dos quase-namorados

Ah Isadora
Vão pra PQP vcs dois
Acho que vou ter que fazer igual seu irmão
Ele tá achando que é bagunça?
🤣🤣🤣🤣

Besteira, mãe
Hahahahaha
Já te falei, estamos ficando e vamos ver no que vai dar

Você apaixonada e sorrindo pela parede
... como já está!

— Voltei! - chegou quase que me assustando e eu guardei imediatamente o celular - quem era?

— Minha mãe estava querendo saber se eu ia voltar pra casa - sorri - e mandou te avisar que a filha dela não é bagunça não - ri e ele arregalou levemente os olhos

— É essa a impressão que seus pais tem de mim? - me encarou

— Vai saber - ri e percebi ele tenso - claro que não, Bruno... provavelmente essa só é a opinião do meu irmão - dessa vez ele riu junto comigo - tá com medinho é? - debochei e chegamos até o local para retirada das bicicletas

— E eu sou homem de ter medinho? Me respeita, Isadora - deu risada e, após todos os procedimentos no aplicativo, retiramos nossas bicicletas

— Corre atrás, Brunoooo! - ri e sai rapidamente na frente dele, o que, claramente, foi uma ideia idiota já que as pernas dele são muito maiores que as minhas e, em dois segundos, ele já estava na minha frente - ai, Bruno, você é muito competitivo, era só uma brincadeirinha - disse depois de me esforçar para alcançá-lo - vamos assim, devagar, só apreciando a vista - ele riu

— Você é muito cara de pau, Isa - acabei rindo com ele e, uns 5 minutos depois, já estávamos deixando nossas bicicletas estacionadas - vai querer subir na pedra? - perguntou parando ao meu lado e ajeitando o boné que levava em sua cabeça

— Sim, vamos! - ele concordou comigo e segurou na minha mão, guiando nós dois até lá

— Vamos ficar ali no canto - apontou para um lugar que não tinha tanta gente assim e eu concordei com ele - tinha esquecido como aqui fica tão cheio - comentou rindo e, após se sentar na pedra, me ajudou a sentar também

DEPOIS QUE EU TE VI • Bruno RezendeOnde histórias criam vida. Descubra agora