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— E como tem sido conhecer tanta gente famosa assim, filha? - Dona Mariana, vulgo minha mãe, perguntou interessada. Tínhamos tirado a manhã do domingo para fazermos algumas compras no Rio Sul e estávamos caminhando pela Zara

— Estranho, mas parece que quando você está junto de outras pessoas que eles já conhecem, tudo fica mais fácil - expliquei sorrindo

— No caso do Bruninho né? - perguntou curiosa e eu ri

— Mãe, eu sei o que você está tentando fazer, mas ele é só meu amigo - ri

— Ai, Isadora, você agora anda pra cima e pra baixo com esse garoto, não é possível que não esteja rolando nada

— Apenas o que você já sabe ou já viu - ri fraco - nada além disso

— Nada? - perguntou decepcionada - não é possível que um homem lindo daquele não te desperte nada, filha

— Eu ia falar uma coisa, mas em respeito a nossa relação como mãe e filha, vou ficar quieta - ela acabou rindo

— Então pelo menos o sexo é bom? - não importa o quanto eu tente demonstrar que conversar sobre sexo com ela me constrange, ela pergunta do mesmo jeito

— Sim, mãe - acabei rindo

— Vocês jovens são muito esquisitos, porque tá lá toda hora se beijando, diz que o sexo é bom, então não estão juntos porque? - gargalhei

— Ele não é tão jovem assim, mãe - tentei desconversar e ela riu

— Besteira! Fica dando mole mesmo, sua boba - neguei rindo e parece que só porque minha mãe estava perto, justamente ele me ligou

— Oi, Bruno - me afastei dela que ficou dando risada - agora tá com tempo livre de novo né? - ouvi a risada dele

— Vou nem falar nada, Isadora - riu - tá ocupada? Queria saber se quer almoçar comigo hoje enquanto seu salário não sai e a gente não vai na churrascaria? - foi a minha vez de dar risada

— To no shopping com a minha mãe, mas não devo demorar muito - encarei ela que na hora negou. Ela está literalmente me jogando nos braços do Bruno, o que me fez prender o riso

— Então hoje você vai comer uma comida italiana de verdade - riu

— Ai, Bruno, já te disse o que eu acho - ele riu

— E eu já te disse que você comeu nos lugares errados - riu

— Ok, Bruno, você venceu - rimos - vamos que horas?

— Às 14? Porque ai dá tempo de você terminar ai com sua mãe - não sei porque, mas sorri

— Beleza, aonde eu te encontro?

— Vou te buscar! Tá bom?

— Sim, combinado! Beijos - nos despedimos e eu desliguei a ligação - para de me olhar com essa cara - ri

— Não posso mesmo falar nada? - concordei e ela riu - mas vou falar mesmo assim porque sou sua mãe, ninguém leva pra almoçar sem intenções

DEPOIS QUE EU TE VI • Bruno RezendeOnde histórias criam vida. Descubra agora