—— CAPÍTULO OITO,
“ drive-thru ”— DEU TUDO ERRADO — foi a primeira coisa que Emily ouviu de Nate. Ele parecia infeliz. — Eu fiz tudo errado.
Vinte minutos se passaram desde que Nathan abordou Gabriela e seu amigo. Assim que ele saiu, ela decidiu que não ficaria olhando para nãoazará-lo ou deixá-lo nervoso – e além disso, seria estranho –. Mas quando ela entrou novamente, Nick não estava mais na mesa de cerveja. Ele estava cercado por pessoas que ela não conhecia, e a garota não entraria naquele rodinha nem se a pagassem para isso.
Isso significava que ela estava sozinha a vinte minutos, sozinha e sentada em um sofá aleatório, estranhamente posicionado na sala de estar em meio aquele tanto de gente. Era só ela, seu celular e um copo descartável. Ela pensou que poderia encontrar qualquer um dos seus melhores amigos, mas foi um tiro no escuro. Emily definitivamente os perdeu para a festa.
Quando Nate enfim voltou, ele estava muito diferente do que ela esperava: ao invés de ter um sorriso enorme no rosto e uma garota debaixo do braço, estava com os olhos cabisbaixos, ombros caídos e uma careta como se sentisse dor. Se ele estava se esforçando para parecer triste, estava dando certo. Emily cerrou os olhos, assistindo ele afundar o espaço no sofá só seu lado, se jogando de maneira dramática e mal se ajeitando.
— Aí está você — ela ergueu as sobrancelhas. — Mais rápido do que eu pensava que seria.
— Você acabou de arruinar minha vida — foi tudo o que ele disse. — Pra sempre.
— É sério?
— É.
— Por ter te feito falar com ela?
— Não, pior do que isso!
— Por ter feito você agir feito um ser humano normal? Com habilidades sociais?
— Você 'tá sozinha em um sofá numa festa. — ele preguiçosamente virou a cabeça na sua direção. E era uma fala cruel, mas saiu de seus lábios como se fosse um simples comentário.
Ela franziu a testa e cruzou os braços.
— Por que você precisa ser tão desgraçado?
Ele só então percebeu, confirmando o ponto de que ele realmente não pensa antes de falar. Como ela pensou. — Foi mal, não quis dizer assim. Foi malvado?
— Demais.
— Desculpa.
A garota beijou os dentes, fazendo um barulho de desaprovação, e não tirou os olhos dele, que realmente se esforçava para parecer absolutamente miserável.
(Estava dando certo.)
— Tudo bem, perdoado dessa vez. Vinte doces e a gente esquece sobre isso.
Ele levantou os ombros.
— Tanto faz.
— Vamos lá, conte-me tudo, não esconda-me nada.
— Eu simplesmente empatei ela, tipo… demais.
— Como assim?
— Quero dizer, ela estava flertando com aquele cara e eu simplesmente cheguei lá e estraguei tudo, tipo- quem empata a garota que gosta?
— Aparentemente você — constatou. — Isso é uma merda mesmo. Não acredito que você fez isso.
— Nem eu.
Ele estava derretido no sofá, os braços cruzados e olhos vagos. Era impossível não rir levemente ao ver aquilo, mas também sentir pena. A maneira como ele parecia realmente investido na garota cativou Emily um pouco A lembrava de algo, foi por isso que ela aceitou ajudar a princípio.