Capítulo 19

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Âmbar

— Cassian

— O que foi, pequena?

— O que acha dos olhos do Rhys? Quer dizer, não é nada normal olhos iguais os dele

— Não diga para ele que falei isso mas são muito bonitos, mas é normal os olhos dele, não é comum mas é normal

— O que?

— Os olhos do Rhys é basicamente a marca registrada dele, querida, e apesar de ninguém mais ter olhos assim eles são normais assim como é normal todo o poder que você tem

— Sabe, no meu mundo, quando uma criança nasce ela demora a abrir os próprios olhos já que a sua besta interior faz isso por você, é como uma proteção, então quando uma criança nasce com os olhos azuis isso não significa que a cor dos olhos da criança são azuis e sim que a cor dos olhos de sua besta são azuis

— Isso é meio estranho — Ele diz me fazendo rir

— Sim, é sim, mas é uma forma de proteção já que como são bebês ainda não sabem andar ou correr, ou se defender então a besta assume o controle até confiar nos que estão a volta para cuidar da criança, se não for seguro a criança de transforma em besta e a besta assume controle até que a criança tenha idade suficiente para começar a caçar sozinha ou que outro adulto confiável cuide dela, por isso é a besta que abre os olhos primeiro

— Não fazem apostas sobre a cor dos olhos das crianças? — Pergunta e eu rio outra vez

— A maioria das vezes não — Admito

— Sabe que terá apostas sobre isso quando tivermos o nosso filhote, não é?

— E você sabe que eu vou ganhar, não é?

— Nos seus sonhos, pequena — Ele diz e então ficamos em silêncio por um tempo — O que está te incomodando?

— Meus pais não gostaram da cor dos meus olhos quando o abri então mandaram que eu escondesse, falaram que eu era um erro dos deuses, que eu havia nascido quebrada

— Seus pais não sabem de nada, são dois imbecis que não sabem o que falam, você é perfeita e só um completo imbecil não consegue ver isso, Âmbar — Cassian diz de maneira quase feroz e eu sinto minhas bochechas corarem

— Por causa disso vivi mais de quinze mil anos sem abrir meus próprios olhos, isso aqui — Aponto para meus olhos — São os olhos de Nefarium, não são os meus olhos, só os fiz brilhar uma vez.

— Não precisa se esconder de mim, da gente, somos sua familia, uma família de verdade e vamos te amar com os olhos âmbar, com os olhos violetas, laranjas, vermelhos, cor de rosa, até mesmo brancos, vamos te amar de qualquer jeito, Pequena, mesmo sendo uma velha de 15 mil anos

— Ei, eu não sou velha

— É sim, eu sou uma criança perto de você, pequena velhinha — Ele Dramatiza

— Mais que audácia, é essa velha aqui que você adora comer, Cassian

— É a minha comida favorita, querida

— Então se quiser continuar comendo não me chame de velha outra vez ou eu arranco suas bolas

— Tudo bem, tenho muito amor ao meu pau — Diz me fazendo rir outra vez é então ficamos em silêncio outra vez — Você vai mostra-los para mim?

— O que?

— Seus olhos

— Tem certeza?

— Absoluta, pequena, conheço cada pedacinho de você, é estranho não conhecer seus olhos

A corte de asas e tempestade | Cassian Onde histórias criam vida. Descubra agora