Dou-lhe três... Vendida!

58 7 13
                                    

Capítulo 5


Eu estava ali, cercada por mulheres que me maqueavam e vestiam, sussurrando palavras de encorajamento e desejando-me boa sorte. Mas não conseguia afastar da mente as palavras de Ryan. Ele sabia meu sobrenome... comprou este vestido para mim, disse que eu era dele, e até Taliah parecia concordar.

— Para a maquiagem! — grito, as mulheres recuam assustadas. Levantei-me rapidamente, a adrenalina pulsando em minhas veias.

Isso não estava certo! O contrato continha meu nome completo, Ryan havia pronunciado meu sobrenome. Ela nunca me faria assinar um contrato assim e ainda me ofereceria dez mil dólares! Seria essa uma vingança de Aidan?

Com revolta, abri a porta de Taliah com brutalidade, fazendo-a saltar da cadeira.

— Como Ryan sabe meu nome? — exigi saber.

— Do que você está falando, Marrie? — respondeu a ruiva com uma expressão confusa.

— Por que ele comprou esse vestido maldito que vou usar esta noite? — A pergunta pairou no ar enquanto ela se calava. — Ficou muda? Além do meu sobrenome completo no contrato, desde quando ele sabe que me chamo Ballucci? — O descontentamento transbordava em minha voz.

— Marrie, você está descontrolada — disse ela, tentando acalmar a fúria que se formava em mim.

— EU ESTOU DESCONTROLADA? — gritei, minha voz ecoando pela sala em que estávamos. — Como você espera que eu fique quando uma mulher está me usando para conseguir dinheiro?! Você e Ryan estão tramando isso desde que o conheci, ele não sai do meu pé! — O desespero tomava conta de mim.

— Eu sigo ordens, Marrie! Você pode ser um pouco mais compreensiva? — Ela tentou suavizar a situação, mas eu apenas ri com desprezo.

— Compreensiva? Você está louca? ELE ESTÁ TRAMANDO CONTRA MIM, TALIAH! — O pânico se misturava à raiva em cada palavra que saía da minha boca.

— Marrie, eu tenho certeza de que ele não vai fazer nada com você, ele nem vai participar do leilão! Pare de chilique e vá se preparar! — Sua voz subiu um tom enquanto seus olhos encontravam os meus com uma mistura de preocupação e superioridade.

Odeio essa mulher insensível! Velha fodida do caralho!

Saí daquele cômodo bufando de ódio, se permanecesse ali mais um segundo, teria esganado aquela vaca!

O que eu faria agora? Quem seria meu comprador? Essa era a vingança dele! Ele colocou aquele dinheiro no contrato para garantir que eu não recusasse! Mas que merda!

— Eu te odeio, Ryan Gardner! — sussurro para mim mesma, o veneno em minhas palavras queimando.

— Por que tanto ódio por mim, querida Marrie? — sua voz serena se infiltra em meus pensamentos, como um eco perturbador ao meu lado.

Viro-me lentamente, e nossos olhares se cruzam. Uma onda de fúria me invade, e sinto meu rosto arder. A vontade de desferir um golpe contra ele é tentador.

— Por que fez isso comigo? — pergunto, a voz trêmula de raiva contida.

— Isso o quê? — ele questiona, com uma calma que só aumenta minha indignação.

LEILÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora