Capítulo 12

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ALICE


Fábio tinha algo que fazia com que todo e qualquer olho que se pusesse sobre ele, se sentiria agraciado por tamanha beleza. 

Seus olhos eram lindos, ao contrario de Denis, ele tinha a mescla dos olhos dos pais, um verde azulado, e era harmônico com seu rosto em tom de oliva, queixos bem angulados e nariz afilado. Como se fosse uma divindade grega esculpida pelos anjos do céu. E isso não era assunto suficiente, pois quando ele sorria, ah, isso sim era motivo para uma legião de mulheres se curvarem aos seus pés. Os lábios preenchidos de maneira natural e rosado fazendo com que o diastema se destacasse e encantasse todo e qualquer olho. 

Foi exatamente assim que ele fez quando eu abri a porta. 

Ele estava em uma blusa de gola V destacando seu belo corpo esculpido, e sob a mesma, uma jaqueta de couro. calças jeans escura e coturnos. A ele era um pecado e sabia exatamente disso, ele não era inocente em nada que fazia.

_ Alice. 

Acenei com a cabeça e dei passagem.

Ele por sua vez passou analisando o meu lugar. 

_ Eu ainda estou arrumando. Não liga para a bagunça.

_ Já fazem dois meses que você está por aqui?

_ Sim, tenho feito aos poucos. 

_ Era só me ligar e eu viria te ajudar. - disse enquanto arrastava um pequeno móvel para o canto.

Parte do meu dia eu estava no trabalho, e a outra restante, estava enfiada em livros, a minha sala de estudo estava bem equipada, e era isso que me importava. 

Na sala faltava um aparador, o sofá chegou, mas ainda não havia retirado  plástico. Não lembro de tê-lo usado nesse tempo. A cozinha foi a parte que me dediquei nesses dois dias em que estive em casa, e agora sim eu poderia vir para cá. Faltava muita coisa, e assumo que não estava preocupada, mas agora, acho que será diferente. 

Sem ao menos eu pedir, ele retirou a jaqueta, e como um ser ousado foi colocando tudo em seu devido lugar. em contra partida, fiquei ali observando enquanto a minha sala ganhava uma nova cara. Ele arrastou os dois sofás, colocou a poltrona no lugar e montou o aparador que ficaria abaixo da teve. 

Não vou negar que essa visão me deixou com agua na boca, e sendo pega no flagra ele me encarou. 

_ Gosta do que vê? 

_ Desculpa. - tentei disfarçar. 

_ Como você tem estado depois do acidente? 

_ Bem. Onde conseguiu meu endereço?

_ Eu apenas consegui. Quis dar um tempo, para que você pudesse respirar, mas acho que devemos conversar sobre a situação o quanto antes.

_ Não se preocupe, eu não sou uma mulher chiclete, não vou ficar no seu pé, nem te cobrar nada sobre o bebê, então se quiser desaparecer, tudo bem para mim. - As palavras saíram, mas o meu coração parecia estar sendo comprimido com todas elas. 

_ Eu não quero desaparecer, princesa. 

A maneira como ele fala princesa. Quando nos encontramos na ultima vez ele me chamou dessa maneira varias vezes. Me deixei iludir porque deve ser assim que ele chama as suas mulheres, mas aqui e agora depois de toda a situação, é diferente. 

_ Entendo que tudo é novidade para você, mas...

_ Eu não sei que imagem você tem de mim, mas o que eu falei no hospital era verdade, eu vou assumir essa responsabilidade. 

_ Bom... - tentei achar palavras, mas elas não vinham. - Eu preciso reaver alguns estudos, se você puder me dar licença. 

Não era mentira, a minha mãe havia me indicado para o governador do estado e eu precisava mostrar que não era apenas uma garota fútil que possuía uma boa rede de contatos.

_ É sério que vai continuar fugindo? Alice, namora comigo. 

Espantada, o encarei para saber se suas palavras eram sérias ou estava zombando de mim. 

Eu deixava transparecer que era tão tola que precisava de um homem para me proteger? 

_ Já disse que você não precisa se sentir obrigado com relação a nada. 

_ Você não está me entendendo. - disse enquanto se aproximava, perto demais para que meus pensamentos não se manter-se seguros. 

Desviei o meu olhar para não ser atingida, mas foi difícil permanecer quando ele segurou a minha nuca e com um bom punhado de cabelo me fez encará-lo.

_ Eu te disse, namora comigo.

_ Na-não.

De uma maneira covarde, ele mordeu o meu queixo. Depois fez que ia para os meus lábios, mas não foi, o que me fez engolir em seco, fazendo o nó em minha garganta aumentar e o meio de minhas pernas esquentar. 

Fábio cheirava a madeira, brisa da manha e um cheiro natural de homem, era uma combinação afrodisíaca e acabei descobrindo que não era somente sua aparência que carregava feitiço. 

_ Princesa? 

_ Não acho que devemos entrar em um relacionamento por causa de uma criança, não estamos mais no século XVIII. 

_ Não é pela criança, é porque eu ouvi teus gemidos e me viciei.

Antes mesmo que eu pudesse esboçar qualquer resposta, ele dominou o meu corpo, com a mão na cintura me puxando para ele, com a mão enganchada em meus cabelos me impossibilitando de me mover e com a boca na minha, engolindo todo e qualquer protesto que eu soltasse. 

Seria hipócrita de minha parte se eu dissesse que estava realmente sendo forçado, quando não demorou segundos para que eu me rendesse. 

Ah sim, como era bom beijar estes lábios, como era gostoso sentir essa parede de músculos contra o meu corpo. A quentura no meio de minhas pernas aumentava gradativamente e isso me fazia cada vez mais parecida com uma massa mole. 

Percebendo isso, Fábio desceu ambas as mãos até a polpa da minha bunda e me puxou contra a sua protuberância. Ele estava em seu estado mais evidente o que me queimou por completo.

Seus lábios se afastaram dos meus descendo pelo meu pescoço e indo em direção ao meio dos meus seios. Sem que eu ao menos percebesse estava enganchada em sua cintura, o que fez com que meus seios estivesse a sua disposição. Com muita habilidade, ele abaixou uma alça do meu vestido e sugou a aureola tão forte que me fez gemer descaradamente. 

_ É por isso princesa, por esses gemidos. 

ME vi sendo carregada e pouco depois sendo posta no sofá. Fábio se afastou e me encarou com devoção, meus seios expostos, a saia do vestido emaranhada na minha cintura, seus olhos eram chamas igualmente eu estava por dentro. 

Como ele pode me enfeitiçar dessa maneira? Como ele me faz ceder com tanta facilidade? 

Antes mesmo que ele pudesse voltar a sugar meu seio o interfone tocou. 

_ Fábio.

_ Não, quem quer que seja, não é mais importante do que eu te dar prazer. 

Foi como se a realidade me golpeasse. Onde chegaríamos com tudo isso? Me afastei o mais rápido que pude e ele não se contrapôs. 

_ Você precisa ir, eu tenho coisas a fazer.  - Disse enquanto arrumava o meu vestido. 

Ele respirou fundo e me encarou cético. Em meio a essa situação embaraçosa, ficou um silencio nada agradável, mas fui salva pelo interfone que tocou novamente. 

_ Por favor, feche a porta quando sair. - dei-lhe as costas e fui atender quem quer que tenha chego, mas antes de desligar ouvi um estrondo quando a porta foi batida. 





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