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Félix e Jisung estavam deitados na cama do loiro há algum tempo, olhando para o teto. Haviam planejado assistir a algo juntos, mas nada de interessante passava na TV. Já tinham tentado ligar para todos os amigos, mas cada um parecia estar ocupado com algo importante. O silêncio confortável se instalou entre eles, apenas o som da respiração calma preenchendo o quarto.

Félix, inquieto, virou-se de lado para olhar Jisung, observando seu perfil relaxado. As bochechas cheinhas de Han, o biquinho fofo e o ar despreocupado o cativaram. Ele seguiu o contorno do rosto do amigo com os olhos, notando o jeito que os lábios de Jisung se curvavam levemente, como se estivesse perdido em pensamentos.

— Posso te beijar? — Félix perguntou, a voz soando despreocupada, como se estivesse pedindo um copo de água em um dia quente ou depois de uma longa caminhada.

Jisung virou o rosto lentamente, o semblante neutro. Ele parecia ponderar sobre a proposta de Félix, como se estivesse realmente considerando a ideia. Seus olhos castanhos brilharam por um breve momento, refletindo a luz suave do quarto.

— Por quê? — Jisung perguntou, a curiosidade genuína marcando seu tom. Não parecia que a pergunta de Félix o tinha abalado. Na verdade, havia uma tranquilidade inesperada em sua resposta, como se ele realmente estivesse pensando em aceitar – Por quê quer me beijar?

Félix sorriu, sentindo o coração acelerar um pouco mais no peito.

— Tenho curiosidade pra saber como você beija — ele riu, aproximando o rosto um pouco mais, mantendo o olhar firme nos olhos castanhos de Jisung. A tensão era suave, quase palpável, mas carregada de um carinho silencioso.

Jisung piscou lentamente, um sorriso malicioso se formando nos lábios. Ele inclinou a cabeça para mais perto, até que os narizes quase se tocaram.

— Sempre achei que você quisesse me beijar — Jisung murmurou, com um toque de provocação na voz. Seus olhos castanhos encontraram os de Félix com uma intensidade diferente. — Tô certo?

Félix sorriu de volta, sem recuar, mas deixando uma risada suave escapar.

— Talvez.

A resposta vaga de Félix pareceu satisfazer Jisung, que fechou a pequena distância entre eles, colando seus lábios em um beijo tímido e calmo. O contato inicial era leve, quase hesitante, como se ambos estivessem explorando o território desconhecido que acabavam de adentrar. Félix, sentindo um calor reconfortante espalhar-se pelo peito, moveu a mão para tocar a bochecha de Han, aprofundando o beijo com um cuidado suave.
Ainda deitados, os corpos de Félix e Jisung relaxaram ainda mais no colchão, como se aquele momento fosse exatamente onde ambos deveriam estar. A respiração deles se misturava, e o beijo tímido de segundos atrás começava a se transformar em algo mais significativo, mais profundo, como se cada toque e movimento estivesse gravando aquele instante em suas memórias.

Jisung sorriu entre o beijo, intensificando-o de uma maneira mais calorosa e inesquecível. Ele deslizou a mão até a nuca de Félix, puxando-o ainda mais para perto de si, como se quisesse eliminar qualquer distância restante entre seus corpos. Félix sorriu contra os lábios de Jisung, sentindo o calor e a energia que fluíam entre eles.

– Acho que agora eu sei por que o Minho sempre quer te beijar – Félix brincou, sua voz soando suave enquanto ria com os lábios ainda colados aos de Jisung. Ele observou os olhos castanhos de Han brilharem, como se a piada o tivesse atingido de uma maneira peculiar.

Jisung riu, mas havia algo em seu sorriso que parecia mais tímido, mais revelador.

– Talvez agora eu também queira continuar te beijando – ele confessou, a voz baixa, quase como um sussurro, carregando um novo desejo que ele próprio parecia ter acabado de descobrir. Seus olhos desceram para os lábios bem desenhados de Félix, enquanto ele mordia o próprio lábio inferior, como se estivesse tentando conter um sorriso maior. – Lix?

Félix se afastou apenas o suficiente para poder visualizar melhor o rosto de Jisung, notando como suas bochechas estavam ligeiramente coradas, uma tonalidade suave de rosa colorindo sua pele parda.

– Sim? – Félix respondeu, a voz cheia de curiosidade e um toque de expectativa. Ele podia sentir o nervosismo e a doçura misturados na expressão de Jisung.

Jisung respirou fundo, hesitando por um segundo antes de perguntar, os olhos cheios de uma nova determinação que Félix não tinha visto antes:

– Posso te beijar?

Félix sorriu, seu coração batendo mais rápido com a simplicidade e sinceridade da pergunta. Ele assentiu lentamente com a cabeça, sem tirar os olhos dos de Jisung. Ele se levantou ligeiramente, apoiando-se no cotovelo ainda deitado na cama, seus olhos alternando entre os lábios e os olhos de Jisung, que agora pareciam ansiosos, como se estivessem esperando por sua permissão para explorar algo desconhecido.

Jisung virou o rosto para cima, observando cada detalhe que decorava o rosto de Félix. As sardas espalhadas de forma charmosa pelo nariz e bochechas, os fios dourados de cabelo que escapavam do coque bagunçado, e os lábios desenhados que pareciam tão convidativos.

– Pode – Félix respondeu em um sussurro, inclinando-se para a frente e colando novamente seus lábios aos de Jisung.

Han levou suas mãos ao rosto de Félix, seus dedos se entrelaçando levemente no cabelo próximo à nuca, como se ele não quisesse, de forma alguma, quebrar o contato. O beijo se intensificou, seus corpos se aproximando mais, e Félix sentiu uma nova onda de calor se espalhar por seu corpo.

A mão de Félix, que estava apoiada no colchão, moveu-se suavemente para alcançar o rosto de Jisung, seu polegar acariciando a pele macia de sua bochecha, enquanto a outra mão traçava um carinho singelo na cintura de Jisung. O toque era leve, mas firme, e a intensidade do momento parecia crescer a cada segundo que passava, como se ambos estivessem explorando algo desconhecido e maravilhoso.

Nenhum dos dois parecia querer que o momento acabasse, como se aquele simples beijo tivesse o poder de transformar tudo ao redor deles. O quarto parecia menor, o mundo lá fora era irrelevante. Tudo o que importava era a forma como eles se sentiam um nos braços do outro, uma camada de intimidade que ambos não sabiam que ansiavam até agora

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continua...

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