PRÓLOGO

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000"The Girl in the Glade"

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"The Girl in the Glade"

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A escuridão. Era isso que me lembro antes de qualquer coisa. Um vazio completo, sem som, sem luz, sem ar. A sensação de estar sendo comprimida em um espaço pequeno, sufocante. Minha cabeça rodava, e a única coisa que conseguia sentir era o cheiro metálico de ferro, um cheiro que parecia impregnado na minha pele, nos meus ossos.

O tempo não existia ali, naquele espaço apertado. Só havia a pulsação no meu peito, cada batida do coração parecendo um trovão. Minha garganta doía e meus joelhos ardiam com o contato ao chão, minha mente se formava com perguntas que nunca foram respondidas.

Quando a caixa começou a subir, o mundo ao meu redor tremeu. Um barulho estridente, metálico, e a pressão nos meus ouvidos que aumentava a cada segundo. Era como se eu estivesse sendo levada ao desconhecido, para um destino que eu não havia escolhido. E quando a caixa parou, quando as portas se abriram, o choque da luz foi tão forte que me cegou momentaneamente. A claridade invadiu meus olhos, dolorosa e brutal, obrigando-me a fechar os olhos e a me encolher como um animal assustado.

Então, houve as vozes. Confusas, apressadas, misturadas em um zumbido que não fazia sentido. Eu não sabia quem eram, o que queriam, ou por que eu estava ali. Tudo o que conseguia sentir era o pânico, a necessidade desesperada de entender onde estava, quem eu era, e por que não conseguia lembrar de nada antes daquele momento.

Mas isso foi antes. Agora, as memórias daquele dia permanecem distantes, como uma sombra que se recusa a se dissipar. Não importa o quanto eu tente, não consigo me afastar completamente daquele dia. Ele está sempre lá, na periferia dos meus pensamentos, um lembrete constante.

De repente, a realidade volta a me envolver como um manto frio. O som ao meu redor é diferente, mais suave, mas com uma tensão que nunca desaparece.

Eu estava sentada em minha rede, mexendo no pingente esquisito de minha pulseira, a única coisa que eu tenho da minha vida antiga. Sempre penso que ela deve ser importante, para não terem tirado de mim, ou insignificante demais para não ligarem.

Eu deixo a pulseira escorregar pelos meus dedos, o pingente balançando suavemente enquanto observo a vida por aqui. Há algo reconfortante na rotina dos rapazes, algo que mantém minha mente longe das grandes preocupações.

𝗔𝗟𝗖𝗛𝗘𝗠𝗬 ― Minho, the Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora