11 | CAPÍTULO DEZ;

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Jungkook acordou com a luz do sol em seu rosto, se espreguiçou e, aos poucos, se lembrou dos dois últimos dias. Passou seu heat com Jimin. Estava se sentindo bem com isso. Lembrou dos toques, dos gemidos, do corpo de Jimin… Ah, não se arrependia de ter ouvido seu lobo.

Não encontrou o Ômega ao seu lado, então depois de fazer suas higienes, vai para a cozinha procurá-lo e não o vê, então constatou que ele deveria estar na praia. Jungkook conseguia sentir o cheiro de Jimin no caminho para a praia, assim como na própria areia de lá, porém ele tinha sumido…

Jimin?! — Ele grita, porém sem resposta.

O cheiro chamava para o bosque ali perto, é para lá que Jungkook vai, mas ainda assim, sem sinal do Ômega.

Jimin-ah?! — Mais um silêncio como resposta.

Um arrepio correu por sua espinha. Um turbilhão de pensamentos o inundando.

O que poderia ter acontecido? Jimin fugiu? Mas por quê? Tudo havia corrido bem, pelo menos para Jungkook… Teria ele feito algo para o Ômega que o chateou? Eles resolveriam na conversa, não é?

Sua mente borbulhava. Do caminho do bosque, Jungkook volta para a praia e olha para o mar, e só então, uma ideia brilha em sua cabeça. Jimin se afogou.

O Alfa não hesita em pular no mar e começar a tatear a água procurando pelo mais novo, nadava de um lado para outro, ora ia para o fundo ora ia para o raso.

Nenhum sinal de Jimin. Nada.

Merda, merda, merda! — Jungkook rosna ao voltar para a areia.

Ainda sentia o cheiro doce do Ômega, mas estava totalmente espalhado. Tentando raciocinar, ele para e fecha os olhos para se concentrar. Seu lobo estava atônito dentro de si, mas não podia deixar ele tomar controle, precisava ser racional.

Salve nosso Ômega!” O lobo rosna.

Jungkook respira fundo antes de abrir os olhos e se concentra nos detalhes ao seu redor, até que vê pegadas na areia. Ele começa a seguir os rastros, o cheiro de cereja ainda presente ali, porém estava misturado com algumas notas de madeira… Tinha mais alguém junto com ele.

Jungkook não pensa duas vezes, ele volta para a cabana e corre para as malas. Os pertences de Jimin ainda estavam ali.

Ele não fugiu.

Jimin havia sido raptado.

(...)

Cerca de uma hora depois de ter voltado para o centro da cidade e pedido por uma carruagem que o levasse até o barco, Jungkook já estava a caminho de seu castelo. Se estivesse com Jimin, eles voltariam apenas no dia seguinte, com certeza, seus pais estranhariam a volta, porém precisava achar seu Ômega.

Seu Jimin.

Ele já tinha suspeitas de quem pudesse ser, na verdade, tinha certeza. Havia sido Keeho. Ele o avisou naquele dia, faria pior, mas agora Jungkook responderia à altura.

Da última vez, Jungkook chegou a o prender, mas as leis não foram claras, foi muito brando com o alfa e ao receber o pagamento da fiança, o libertou. Foi bobo. A única punição foi ter tirado Keeho da guarda do Castelo.

Passou um dia enclausurado na carruagem de volta, conseguiu montar um esqueleto de plano enquanto isso. Para a execução precisava da ajuda de seus Reinos amigos e da guarda, a família Park, com certeza, iria se envolver.

Ele iria recuperar Jimin de um jeito ou de outro.

Sozinho ou não.

Ao chegar no castelo, os guardas o recebem, todos com um olhar estranho ao não ver o Ômega junto a si. Jungkook apenas ignora e segue para dentro do castelo, logo dando de cara com seus pais. Seus olhos vermelhos transparecendo que algo não estava certo. Não estava bem.

— Jungkook? — Eunseok se levanta do sofá ao ver o filho. — O que está fazendo aqui? Cadê Jimin?

Apenas de ter que colocar as palavras para fora, sentia seu corpo inteiro tremer em raiva. Os pelos eriçados, os punhos cerrados prontos para socar qualquer coisa. O maxilar inquieto.

Ele foi raptado. — O Alfa responde.

— O quê?! — Taehoon se levanta atônito. — Explique direito. O que aconteceu?

— E-Eu não sei, passamos o cio juntos e ontem enquanto eu descansava, ele sumiu, acordei e não encontrei ele em qualquer canto. Pensei que tivesse fugido, mas as coisas dele ainda estavam lá, encontrei pegadas na areia e as segui, senti tanto o cheiro de Jimin quanto o de outro alfa. — Jungkook explica rapidamente, a voz tremendo e um pouco embargada.

— Oh, meu Deus! — Em um instante Taehoon se pôs a chorar e abraçou o filho fortemente.

— Precisamos mandar os homens buscá-lo! — Eunseok diz duramente. — Você não vai perder outro Ômega.

— Me deixe cuidar disso, pai. Eu sei exatamente quem foi, sei quem vou atacar e dessa vez quero cuidar da sentença eu mesmo! Eu sou o Rei, eu sou o Alfa desse reino! — Jungkook diz confiante e determinado.

— Jungkook… — Eunseok o chama.

— Não! É meu Ômega, e como você disse, não vou perdê‐lo!

Os olhos brilhavam em vermelho. A postura de Jungkook mudou apenas em pensar em perder Jimin. Ele não admitiria.

— Eu sei que você quer proteger o Reino porque estou frágil por conta do luto por Changmin, mas me deixe resolver isso. É só isso que peço. Me deixe comandar. — Ele pede.

Eunseok não se manifestou, apenas deixou. Jungkook estava certo, era ele o Rei e era o seu Ômega.

— Kihyun… Onde ele está? — Pergunta do filho.

— No jardim, brincando. — Taehoon diz.

Jungkook vai até o jardim encontrando seu pequeno lá. Kihyun corria atrás de uma borboleta e ria sozinho, ele vestia ainda seu pijama. Ao sentir o cheiro do pai, Kihyun vira e vê Jungkook correndo ao seu encontro.

— Appa! — Ele grita animado. — Senti saudades! Cadê o Jiji?

— Oh… O-O Jimin? — Jungkook engole em seco. Não se preparou para saber o que falar para Kihyun. — Ele… Ele precisou ficar mais um tempo lá, pequeno.

— Mais quanto? — A expressão feliz da criança murcha.

— O menor tempo possível… — franze o cenho, preocupado.

— Mas ele vai voltar, não é?

— Vai, Kihyun, de um jeito ou de outro, ele vai. Ele precisa voltar.

•••

AGUENTA CORAÇÃO! Vejo vocês amanhã 💕

SUDDENLY | ABO JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora