26. ainda que por amor

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"Você está mais próximo do céu do que eu nunca estarei

E eu não quero ir para casa bem agora

E tudo que possa provar é esse momento

E tudo que posso respirar é sua vida

Porque cedo ou tarde acabará"




MERDA. MIL VEZES MERDA.

Maldita seja a genética dos Potter's que fizeram James ser tão irresistível.

Quando o jovem grifinório se aproxima da namorada, ela quase se derrete, e por um breve instante, todos os seus planos mirabolantes são esquecidos. No entanto, Calliope é determinada o suficiente para retomar sua postura.

— Como você consegue ficar mais linda a cada dia, cobrinha? — pergunta James, antes de envolvê-la nos braços, depositando um beijo suave em sua bochecha e, em seguida, abaixando-se para encostar o rosto entre os cabelos castanhos e o pescoço de Calliope.

Ela não consegue evitar retribuir o abraço ao sentir a respiração quente de James em sua pele.

— Jay... — Calliope se repreende mentalmente, nervosa. — James. Nós precisamos conversar.

Ele não se move de onde está, e, embora normalmente isso a fizesse rir, a situação só a deixa mais apreensiva.

— Sou todo ouvidos, meu amor — diz James, a voz abafada entre os cabelos da namorada. — Eu te escuto daqui.

— Eu estou falando sério — Calliope repete, a voz tremendo de um medo que ela mal pode expressar.

James, sem perceber a gravidade do momento, envolve a cintura de Calliope e a beija suavemente no pescoço. O toque é quase elétrico, e um arrepio percorre o corpo de Calliope, aquecendo sua pele de uma forma que só intensifica a dor que ela sente.

Maldito Potter. Ah, bendito Potter...

— Certo. O que você quer falar, cobrinha? — pergunta ele, sorrindo, completamente alheio à tempestade emocional que ela enfrenta.

— Eu não acho que aqui seja o melhor lugar e nem que esta seja a melhor hora — Calliope diz, tomando um longo suspiro. — Podemos nos encontrar à noite?

— Sala Precisa ou Casa dos Gritos? — James pergunta, ainda animado, enquanto Calliope sente a dor de cabeça que fingiu ter antes, e agora se torna quase insuportável.

— Sala Precisa. Te encontro lá às dez horas.

James nota a apressada e nervosa expressão de Calliope e segura a mão dela antes que ela possa se afastar.

— Jay, eu tenho aula agora.

— Já vou te liberar, cobrinha. Só quero saber se está tudo bem com você — ele diz, puxando-a para mais perto. O nariz de Calliope arde com a vontade de chorar que ela luta para conter.

— Eu estou bem — ela mente, e James percebe a falta de contato visual, entendendo que ela não quer falar sobre isso agora.

— Almoça comigo hoje?

— Tenho um trabalho para entregar esta semana e algumas matérias para estudar. Vou me dedicar a isso hoje.

— Apenas não deixe de comer, certo? — James segura carinhosamente o rosto de Calliope. Ela guarda a sensação reconfortante do toque em sua mente, enquanto remove a mão dele de seu rosto e acena com a cabeça, garantindo a ele que vai se alimentar.

END GAME • james potterOnde histórias criam vida. Descubra agora