06. querer ou dever

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"Nós procuramos por amor, não temos tempo para lágrimas

Porque elas são apenas água desperdiçada

E isso não faz as flores crescerem

Coisas boas talvez venham a esses que esperam

Não para esses que esperam quando já é tarde demais

Temos de ir por tudo o que sabemos"

EM QUINZE ANOS DE VIDA — EM BREVE DEZESSEIS, CALIOPE nunca pensou em se envolver de maneira romântica com alguém. 

Seu primeiro beijo aconteceu no ano passado, no final do ano letivo, em uma festa na comunal da Sonserina, para comemorar a vitória em dos jogos de quadribol que aconteceu. Não sabia qual era o time adversário, mas se divertiu da mesma forma. Principalmente quando um sonserino do mesmo ano, Sebastian, começou a conversar com ela e a beijou alguns minutos depois. Foi muito bom, apesar dela não ter prática.

Um dia depois, Sebastian a chamou para um encontro no último final de semana em Hogsmeade, mas ela recusou educadamente falando que optaria por ficar na escola com uma amiga que estava passando mal. 

Sua única amiga era Olivia e ela estava passando muito bem, na verdade, mas a sonserina se desesperou com o convite, principalmente pelo medo de não saber como lidar com aquela situação.

Sebastian era e continua sendo um rapaz legal e muito atraente, com seus cabelos negros e olhos azuis, mas ela era o problema.

Calliope não conhece o amor porque não foi criada tendo o amor como base. Alexander também fora criado da mesma forma e por isso os gêmeos não sabem expressar o amor de irmão que sentem pelo outro através de atitudes físicas. Alex a protege e, para ela, isso é amor.

Olivia é seu outro exemplo. Ela oferece seu amor de amiga através de atitudes físicas, sempre ao seu lado, e para Calliope isso também é amor.

Mas ela não se refere ao amor de irmão ou de amiga. O amor romântico é desconhecido para a jovem bruxa. E ao se sentar na cadeira da biblioteca da escola de magia ela pode observar diversos casais juntos estudando de mãos dadas, trocando carícias e olhares afetuosos. Seria ela capaz de construir algo assim?

Por Merlim, ela estava ali para estudar. Ou ao menos fingir, porque não conseguia se concentrar com tantas pessoas à sua volta. Preferia o seu dormitório.

— O amor está no ar em Hogwarts. — em tom baixo, Regulus fala ao puxar uma cadeira ao lado da Nott que aproveita a frase do mais novo e tampa o nariz com os dedos.

Ele ri fraco e abre um de seus livros. Mais afastado de onde estão, Calliope nota que Remus está procurando algum livros nas últimas estantes do lugar.

— Eu estava pensando nisso. - ela conversa baixo com o garoto ao seu lado — É romântico, não?

— Eu acho que sim.

A resposta do Black a faz notar que ele sente o mesmo que ela sobre o amor, então prefere ficar em silêncio.

Incapaz de manter sua atenção nas páginas do livro de Poções, os olhos de Calliope vagam para o livro que o rapaz ao seu lado lia.

— Já está estudando para o NOMs, Regulus?

— Sim. Quero começar cedo, pretendo me sair bem.

— Já sabe o que quer seguir quando acabar seus anos em Hogwarts?

END GAME • james potterOnde histórias criam vida. Descubra agora