02. o acordo

911 91 35
                                    

"Oh, senhorita, descendo correnteza abaixo

Sendo arrastado para o lado escuro

Eu quero ser o seu braço esquerdo"



A AULA DE HERBOLOGIA ACONTECIA COM AS TURMAS do sexto ano das casas Lufa-Lufa e Sonserina. A professora Sprout ensinava sobre o primeiro feitiço que tinha por intuito diminuir o tempo de desenvolvimento da planta.

Apoiando o rosto sobre uma das mãos fechadas em punho, a mente de Calliope vagava por um assunto que, com certeza, não dizia respeito sobre plantas e seu cultivo. Ela olha para seu lado onde Olivia está com toda a sua atenção focada nas falas da professora, feliz e animada com a matéria. A lufana tem grande admiração pelas áreas da herbologia e também da medicina bruxa e, na opinião de Calliope, ela deveria unir o útil ao agradável em seu futuro no cuidado de bruxos a partir do cultivo de plantas medicinais.

A sonserina sorri imaginando a felicidade da amiga se no futuro viesse a trabalhar com duas áreas que tanto ama.

— Vou precisar da sua ajuda nesta matéria. — Calliope sussurra para a loira ao seu lado, que ri baixinho pois já havia notado a dispersão da amiga desde o início da aula — Nada faz sentido. Olha isso, eu fiz a minha planta morrer.

Olivia segue se controlando para rir baixo.

— Eu te ajudo, Calli. Mas você vai precisar me ajudar em Poções e DCAT também.

— Claro... — a sonserina responde distraída.

— Calli, eu sei que não é o momento mais adequado para conversar, mas tem algo te preocupando?

Calliope olha para a loira que, enquanto espera que a amiga responda, revive a plantinha com um feitiço.

— Não é sobre mim, por isso não me sinto a vontade para contar. — fala, pensando no rosto pálido de Regulus — Sinto muito. Acho que preciso da ajuda de alguém para resolver isso e tirar da minha mente.

— Está certa em pensar assim. Se precisar, você sabe que pode contar comigo.

Calliope sorri na direção da amiga, que a retribui.

— O mesmo para você, mãe-natureza. — a morena ri ao ver Olivia tratar carinhosamente de uma planta com muitas folhas depois do caule, quase se assemelhando a um cabelo — Essa planta me lembra alguém.

— Como uma planta pode te lembrar alguém?

— Bom pergunta, Oli. — responde enquanto encara a planta, tentando se lembrar de onde vem a semelhança.

A professora anuncia a final da aula no mesmo momento em que uma luz se ascende na cabeça de Calliope.

— Lembrei! — exclama, dando um beijo rápido na bochecha da lufana que sorri com o ato raro vindo da sonserina — Você será uma incrível medibruxa que cuidará dos seus pacientes com plantas medicinais, e tenho dito. Até mais tarde, Oli.

Não conseguiu ouvir com certeza a resposta da amiga pois já estava correndo com livros em seus braços, mas é possível que ela tenha agradecido.

Anda rápido pelos corredores do castelo à procura de um cabeludo em específico, olhando para vários lugares ao mesmo tempo esperando que ele esteja saindo de alguma aula. 

END GAME • james potterOnde histórias criam vida. Descubra agora