24. pronta?

180 18 0
                                    

"Pergunto-me dessa vez aonde ela foi

Me pergunto se ela foi para ficar

Não há luz do sol quando ela se foi

E esta casa simplesmente não é um lar"



A LISTA DE COISAS QUE TIRAM CALLIOPE NOTT DO SÉRIO SÃO GRANDES. Tal como mandrágoras, comensais da morte, acordar cedo em dias frios, alunos sabichões, Sirirus Black espirrando sem tampar o nariz, e por aí vai...

Mas ver Olivia Harris em completo silêncio durante uma hora ultrapssa o limite disso. Na verdade, chega a assustar.

Calliope esperou pacientemente que sua amiga fizesse como sempre e tagarelace pelos cotovelos desde que chegaram na biblioteca até que algum corvino impaciente lhe mandasse calar a boca. 

Aparentemente os corvinos estão em paz hoje, porque Olivia está calada lendo um livro de feitiços.

Já chega! — Calliope exclama alto o suficiente, a ponto de um garoto da Corvinal que estuda na mesa ao lado a olhar com uma cara de poucos amigos.

Olivia olha confusa para a amiga.

— O que? — pergunta inocentemente quase em sussurro.

— Você! O que houve, Oli? — a sonserina se mantém firme — Sei que está tudo uma merda, mas você pode falar comigo. Sempre falou!

— Shhh! — chia o garoto ao lado, pedindo por silêncio.

As duas garotas, compenetradas demais em sua própria atmosfera, mal o escutam.

— Eu não estou legal, Callie. É só isso. Não tenho sobre o que conversar.

— Eu deveria matar Regulus Black por te deixar assim. — Calliope pensa alto — E vou!

— Calliope! — Olivia repreende a amiga enquanto seu rosto asume um tom vermelho, notando alguns curiosos a olhando quando ouvem o nome do Black mais novo.

— Shhhhh! — chia mais uma vez o corvino ao lado.

Como é de se esperar, Calliope perde a paciência.

— Você está vazando, Leonard? — Calliope pergunta o garoto loiro que usa um óculos e mantém a cara feia. Ele não consegue esconder o rosto surpreso, mas logo assume novamente uma postura de lord — Mas que saco!

— Aqui é a biblioteca, Nott. — Ele afirma o óbvio.

— Muito mal frequentada, pelo visto. Pretendo não voltar nunca mais! — dito isso a sonserina segura a mão da amiga e a carrega para fora dali.

Olivia solta alguns resmungos no caminho, mas assim que saem daquele ambiente e se veêm no corredor da escola, Calliope a abraça.

— Está complicado ver o que o Regulus está passando, Oli, eu sei disso. — a jovem diz enquanto abraça Olivia — Mas nós não podemos desanimar, não agora! É isso o que eles querem. Nos ver notar enfureceridos ou tristes, porque isso nos desestabiliza e nos torna vulneráveis. E assim pe mais fácil.

Olivia suspira fundo, pois sabe que a amiga tem razão.

— Eu só quero te ver bem, minha amiga. — Calliope sai do abraço e olha no fundo dos olhos acastanhados de Olivia — Você sempre deu o máximo de si para me ver bem e eu estou retribuindo. É isso que nós fazemos uma pela outra.

A lufana sorri singela, recordando-se da armadura que Calliope Nott era quando chegou no castelo e notando que os sentimentos transbordam dela agora. Com as pessoas certas, é claro.

END GAME • james potterOnde histórias criam vida. Descubra agora