The Huntsman | H.S

17

Foi aqui que esperaram tanto por uma atualização? Ela veio ai.

Avisando que este é o penúltimo capítulo

...

Noura Pierce

Redenção

Um zumbido preenche minha mente. Nossa primeira morte. As palavras de Harry se repetem em minha mente, como um disco arranhado. Nossa primeira morte e eu não me sentia como achei que me sentiria. Eu me sinto quente, como se corresse fogo nas minha veias ao invés de sangue.

— Estou pegando fogo — Eu não preciso explicar. Harry entende o que estou sentindo. —  Posso ter passado no seu teste, mas falhei no meu. — O homem está morto e eu não descobri onde ele escondia o garotinho.

— Acha que eu gostaria que você carregasse a morte de uma criança inocente? Ele estava seguro o tempo todo. —  A voz de Harry é baixa, quase um sussurro, mas carrega um peso sombrio. Ele pressiona os lábios firmemente contra minha testa, como se quisesse gravar suas palavras em minha pele. — Ele estava seguro. — Seus dedos deslizam possessivamente pela minha cintura, segurando o cetim do meu vestido como se fosse uma âncora. — Não somos esses tipos de monstros. — Seus olhos encontram os meus, intensos, quase predadores. — Somos os monstros que até os outros monstros temem. Estamos famintos e temos que nos alimentar.

Minha mão desliza pelas tatuagens e cicatrizes em seu peito, sentindo a textura e o calor de sua pele. Meus dedos se entrelaçam em seu cabelo, enquanto sua mão se demora em minha nuca. Cada toque é uma faísca, um fogo que percorre meu corpo, nos deixando completamente desinibidos, entregues a esse desejo incontrolável.

— E agora, jamais estarei saciada — murmuro, meus lábios a centímetros dos dele. — Como vamos parar? Preencher esse vazio é um ciclo vicioso, insaciável. Sempre precisaremos de mais, até que tudo nos consuma.

— Nós nunca temos que parar. Nunca. Você não tem mais que viver uma mentira. A vergonha não existe entre nós. Quanto à necessidade enlouquecedora... — Harry arrasta o vestido por meu corpo, abrindo o zíper e deixando-o cair no chão. — Encontraremos uma maneira de nos satisfazer.

Ele é assustadoramente lindo. Todo o oxigênio em meus pulmões desaparece. Se ele tivesse devolvido a minha alma, ela teria ido novamente. Estou completamente nua e ele está todo vestido. O cheiro de terra e morte gruda em nós dois.

Ele se inclina para perto, até que seus lábios estão a poucos centímetros dos meus. Meus olhos se fixam nos dele, como dois ímãs. Todos esses detalhes, são esquecidos. Não consigo pensar em mais nada além do quanto quero que ele me beije e me toque, e me reivindique como dele repetidamente, até eu estar delirando.

Harry me puxa para perto, envolvendo um braço em volta da minha cintura enquanto a outra mão segura minha nuca. Seu hálito se espalha pelo meu rosto, acariciando meus lábios como uma leve brisa na primavera.

— Não está confinada em uma prisão. Não está mais presa às suas mentiras. — ele murmura asperamente. — Você está na minha igreja onde eu sou seu deus, e você é minha igual.

— Isso faz de mim uma deusa? —  Ele me puxa para mais perto, seus lábios agora pressionados contra os meus levemente.

— Sim, e eu terei prazer em me curvar para você.

Eu o deixo prender meus lábios entre os dele em um beijo vicioso antes de me afastar, minha respiração acelerada. Ele tenta recapturá-los e rosna quando eu o evito mais uma vez. Mantendo minha boca perigosamente próxima, eu sussurro contra sua língua: