Lilian é uma jovem destemida e cheia de curiosidade, que um dia enquanto ia para a escola, juntamente com os irmãos Pevensie - Peter, Susan, Edmund e Lucy - ela é enviada para Nárnia e descobre que o reino que uma vez os irmãos libertaram agora está...
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L I L I A N
Senti o vento frio do bosque batendo suavemente em meu rosto enquanto me mexia no chão. Ao levantar a cabeça, vi Lucy de pé, observando atentamente uma árvore, como se estivesse conversando com ela. A cena tinha um ar mágico, e não pude evitar um sorriso ao testemunhar a alegria inocente da minha amiga.
Afastei o braço de Edmund que estava casualmente sobre minha cintura, um gesto ao qual já estava me acostumando, e me levantei com cuidado. Atraí-me para perto de Lucy, que continuava a olhar para a árvore.
— Acorda! — ela exclamou com fervor, como se a árvore pudesse realmente ouvir e respondesse a ela.
— Acho que ela não vai acordar — disse, tocando seu ombro suavemente. Para minha alegria, Lucy sorriu ao me ver.
— Bom dia! — ela respondeu, seu entusiasmo evidentemente contagiante. — Aslan esteve aqui. Ele quer que eu o siga.
— É só indicares o caminho que eu vou contigo — afirmei, um sorriso se formando em meu rosto. Não podia deixar minha amiga explorar Nárnia sozinha, especialmente não se Aslan estava envolvido.
— Por aqui! — Lucy disse, pegando minha mão e guiando-me através do bosque.
Enquanto caminhávamos, senti uma sensação vibrante de alegria por vê-la tão animada, mas, ao mesmo tempo, meu coração estava embrulhado em pensamentos sobre Edmund. Decidi compartilhar com Lucy, ela sempre tinha sabedoria a oferecer.
— Ontem, tentei falar com Ed — comecei, nervosa, quase hesitante.
— E então? — Lucy parou e me olhou com mais atenção, seus olhos brilhando de curiosidade.
— Quando finalmente ia admitir que gosto dele, Trumpkin mandou-nos calar a boca — deixei escapar, quase chateada. Um toque de frustração escapou da minha voz, mas Lucy soltou uma risada.
— Ao menos deste a entender o que sentes?
— Eu acho que sim — respondi, um sorriso tímido se formando em meus lábios. A verdade é que, mesmo com a interrupção, algo em meu coração se sentia leve, como se eu estivesse finalmente começando a dar os primeiros passos.
