𝐃𝐞𝐬𝐚𝐩𝐚𝐫𝐞𝐜𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 - 𝐂𝐚𝐩 𝟑

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𝐏𝐀𝐈𝐗𝐀̃𝐎 𝐅𝐀𝐍𝐓𝐀𝐒𝐌𝐀

Em uma manhã brilhante, com os primeiros raios de sol filtrando-se através das janelas de vidro em um quarto luxuoso, Lyran desperta sob o suave som dos pássaros que cantam no jardim. A luz dourada preenche o quarto, revelando a opulência do ambiente. Lyran tenta tocar Elio, esperando encontrá-lo ao seu lado, mas percebe com surpresa que ele não está ali. O vazio ao seu lado a intriga e a deixa com um frio na barriga.

Ela se levanta e começa a procurar Elio pela casa. Cada cômodo é um testemunho de riqueza e bom gosto: obras de arte caras adornam as paredes, plantas exóticas e raras enfeitam os espaços, e a decoração é de um luxo quase mágico. O aroma do café fresco vindo da cozinha a enche de esperança de que ele possa estar ali.

— Elio! — chama ela com uma voz que mistura esperança e desespero, mas não obtém resposta.

Ela encontra uma xícara de café solitária sobre o balcão e decide beber em quanto espera, acreditando que ele voltará em breve. O dia passa com Lyran explorando cada canto da casa, fascinada com as maravilhas que encontra. Imaginar sua vida ao lado de alguém tão grandioso a faz refletir sobre possibilidades que nunca tinha considerado.

Quando o sol começa a se pôr, a preocupação se instala. Ela decide conversar com o segurança da casa para obter respostas.

— Boa noite. Você sabe me dizer o que aconteceu com Elio? — pergunta Lyran, tentando manter a calma.

— Ele saiu daqui às 04:40. Disse que era para você ficar tranquila — responde o segurança de forma sincera.

Lyran agradece e, embora um pouco aliviada, decide dormir. No entanto, a preocupação a mantém acordada durante a noite, tornando sua insônia ainda mais difícil. Quando a manhã chega, ela continua sua busca pela casa, mas Elio continua ausente.

Determinada, Lyran se dirige à taverna onde Elio havia se apresentado na noite anterior. Ela encontra o garçom e vai ate ele.

— Bom dia. Você sabe se o Sr. Elio passou por aqui? — pergunta Lyran, com um tom de urgência.

— Bom dia, bela dama. Sim, ele passou ontem para pegar o dinheiro do show, mas decidiu deixá-lo com você. — O garçom a observa com um sorriso simpático.

— Como? — Lyran pergunta, confusa.

— Exatamente. Na verdade, ele trouxe um pouco mais. Um momento, por favor. — O garçom se retira para os fundos da taverna. Pouco depois, ele retorna com um grande saco de moedas, contendo entre 50.000 a 200.000 moedas de ouro.

— Pelos Guadiões! — exclama Lyran, atônita com a quantia.

— Ele é um homem muito abastado. Se eu fosse você, aproveitaria esse possível marido — aconselha o garçom, com um tom de brincadeira.

Lyran leva o saco de dinheiro de volta para a casa de Elio, com uma mente cheia de perguntas. Por que ele teria lhe dado toda essa fortuna? E por que ainda não havia retornado? Ao abrir o saco, ela encontra uma carta entre as moedas. Com mãos trêmulas, ela a desdobra e lê

                   -- Querida Lyran,

    Perdoe-me, mas não poderei voltar. Um imprevisto aconteceu e eu nunca mais retornarei. Você nunca mais me verá. Toda a minha fortuna, minha casa e minha fama agora pertencem a você. Não venha atrás de mim; apenas confie em mim.

                                              Com amor, Elio -


À medida que Lyran lê a carta, lágrimas começam a rolar por seu rosto. A dor da perda a domina, e, no desespero, ela joga a carta ao chão, chorando inconsolável. A sensação de perda e abandono é esmagadora, deixando-a perdida em uma mistura de tristeza e confusão, sem saber o que fazer com a herança deixada por Elio.

𝐀𝐋𝐁𝐄𝐑𝐓 𝐓𝐀𝐘𝐋𝐎𝐑

Paixão FantasmaOnde histórias criam vida. Descubra agora