𝐏𝐀𝐈𝐗𝐀̃𝐎 𝐅𝐀𝐍𝐓𝐀𝐒𝐌𝐀Quando a carruagem já se afastava do hotel, que se escondia entre um pomar de árvores frutíferas exuberantes, Lyran fez um gesto decidido, ordenando ao condutor:
— Pare a carruagem imediatamente, por favor!
O condutor, com um olhar de curiosidade e desconforto, obedeceu e fez a carruagem parar. Desceu do banco com um ar de perplexidade.
— O que se passa agora? Estamos tão perto do nosso destino — murmurou, com uma pitada de irritação em sua voz.
— É imperativo que eu os liberte agora! — exclamou Lyran, enquanto descia da carruagem com um propósito resoluto. O condutor franziu a testa, observando-a enquanto ela caminhava até a borda da estrada coberta por uma neblina espessa.
— É chegada a hora de vocês cumprirem seu verdadeiro destino, pequenos — falou Lyran com uma voz carregada de compaixão, erguendo seu chapéu encantado na direção da densa floresta à frente, que parecia quase pulsar com uma energia mágica.
Quando os Nubilos começaram a emergir do chapéu, o condutor ficou atônito, recuando instintivamente.
— Mas que diabos é isto! — exclamou, sua voz transbordando de espanto. — Estes são os criados do hotel! Como vieram parar aqui?
Lyran se virou para ele com um olhar penetrante e respondeu com firmeza:
— Eles estavam sob o jugo cruel de escravidão, vivendo em condições deploráveis. Portanto, tomei a liberdade de libertá-los — afirmou, enquanto os Nubilos, aliviados e hesitantes, saíam do chapéu.
— Você não pode fazer isso! — protestou o condutor, a voz trepidando de choque.
— Não posso? — replicou Lyran, avançando em sua direção. — Se você fosse um deles, suportaria viver em temor constante, realizando tarefas indesejáveis em troca de dor e sofrimento? Suportaria ser privado da beleza deste mundo, forçado a viver nas trevas da escravidão? Diga-me, condutor, você suportaria isso?
Ele hesitou, a mente inundada com a realidade crua das palavras dela. Gaguejou:
— Eu... eu... — sua voz falhou ao tentar articular uma resposta. — Eu não sei...
— Exatamente. Você não sabe. Então, ao invés de ficar aí parado, ajude-me a libertá-los — ordenou ela com uma determinação que deixava pouco espaço para discussão.
Enquanto começavam a retirar as roupas mágicas que mantinham os Nubilos presos, o condutor observava, perturbado, refletindo sobre moralidade e compaixão pela primeira vez, agora em um dilema interior.
Quando o líder dos Nubilos emergiu do chapéu com um sorriso de gratidão, aproximou-se de Lyran e falou com timidez:
— Lyran, todos já saíram e... — hesitou — Eu gostaria de acompanhá-la em sua jornada. Enquanto estivemos em seu chapéu, percebemos pela magia de seus cabelos que você busca alguém. Decidi unir-me a você assim como você nos ajudou.
— Não é necessário, foi minha obrigação tirá-los de lá. Aproveite sua liberdade — respondeu Lyran, com uma emoção que transparecia em sua voz.
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Paixão Fantasma
Misterio / SuspensoEm 1890 da idade moderna, Elio, um comediante carismático, encontra uma bela mulher loira entre a plateia durante seu show. Após uma breve e encantadora interação, ele desaparece misteriosamente, deixando-a intrigada. Determinada a encontrá-lo, a mu...