Capítulo 14 - noitadas

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Noah tomou outro gole da sua Pepsi Black pensativo.

Ele se encontrava em uma situação diferente com Joana que o fez olhar para trás, comparando-a com as situações que enfrentou com Sarah e consequentemente com Gina. Por exemplo, com Sarah a coisa que mais queria era um pouco mais de tempo para pensar e consequentemente se decidir sobre eles, mas não foi possível porque ela queria as coisas no seu devido tempo e qualquer outra coisa que não fosse isso, era inaceitável; com Gina a coisa que ele queria era curtir um lance casual e deixar as coisas acontecerem com mais calma – a maneira como ele e Sarah terminaram o fez ficar mais na defensiva do que antes – e tudo o que ele tinha para dar, não era o que ela estava disposta a receber e isso acabou o levando a uma situação parecida com a de Sarah, mas com um final mais hostil da sua parte para com Gina; e com Joana agora, era diferente. Ela quis jogar limpo, o que era ótimo, mas ele não estava acostumado e por isso estava cheio de ressalvas, ansioso para que algo desse errado e que tudo acabasse como sempre acabava: em tragédia.

Tsc!, estalou a língua, percebendo que estava pensando demais a respeito do assunto e deixando de lado o presente. Que saco!

Ele terminou o seu bolo e balançou a latinha, conferindo se ainda tinha liquido – estava quase no fim – e, por fim, virou.

Ele ainda tinha de voltar, a sua pausa estava acabando e ele tinha plena ciência disso, mas hoje o dia estava tão lento – era sábado. O que se esperar? Ele, particularmente, esperava estar em casa e não tendo que trabalhar, mas cá estava ele, a contragosto se pôs de pé e a andar.

Depois de trocar algumas palavras com seu Bráulio, Noah subiu e foi para o que era pago para fazer: trabalhar.

E no restante da tarde ele trabalhou bastante.

Após bater o seu ponto, ele correu para pegar o seu ônibus porque queria chegar em casa e descansar hoje.

Puta que pariu!, ele revirou os olhos, respirando fundo ao se lembrar de que tinha alguns pedaços de arte para dar continuidade. Ainda preciso olhar aquilo, meu irmão! Aff!!

Chegando no ponto, ele descobriu que o seu ônibus já tinha passado e respirou fundo pensando que hoje talvez não fosse o seu melhor dia na semana. Cansado e sem paciência de esperar pelo próximo ônibus, Noah pediu um Uber moto e subiu na garupa com um único desejo: chegar em casa.

— Meu nobre, se puder ir rápido — ele disse, colocando o capacete. — Eu agradeço, obrigado.

O Uber assentiu e deu uma risada, falando que iria voar na moto e ele torceu para que sim.

Ele demorou menos tempo do que demoraria no ônibus, mas o preço vinha na sua fatura e ele estava mais do que ciente disso. Depois de descer, caminhou até o portão e entrou sem expectativas de encontrar com Felipe em casa.

— Em casa, finalmente.

Enquanto ele tirava as roupas e organizava as coisas, Joana o mandou mensagem perguntando se ele estava livre hoje e queria ir à sua casa. Ele disse que tinha umas coisas para fazer, mas que se ela quisesse vir, ele faria algo doce para ela comer.

Joana: "você não tá zoando, né?

olha que eu sou rancorosa com promessas, cachinhos dourados"

Noah: "nope

vem que eu faço algo, meu bem"

Joana: "então tabom

eu vou"

Ele tomou um banho, bateu a gilete que precisava e quando terminou, tinha mensagem de Joana lhe dizendo que estava chegando na sua casa já.

Me aquecendo com outras para esquecer o calor do seu corpo..., ele riu, enquanto ia abrir a porta. O pensamento lhe surgiu e ele decidiu não se aprofundar, era hora de se ocupar e não ficar triste com os seus próprios pensamentos.

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