Capítulo 12 - falando assim fica até difícil de não acreditar

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Felipe, seu irmão e cunhada recepcionam os seus pais e já os receberam cantando parabéns para sua mãe que era a aniversariante do dia.

— Parabéns pra você — ele começa, puxando os parabéns.

Hoje era segunda-feira 20 de maio, era aniversário de sua mãe e ele tinha vindo comemorar com ela o aniversário em casa. Ele estava desde domingo e provavelmente só iria embora amanhã de manhã e sua mãe perguntou porque Noah não veio junto com ele.

Eles esperaram por Christina, sua mãe, cortar o bolo, para se servirem e ele olhou de soslaio para sua a cunhada e notou que a barriga dela estava saltada e olhou para os cantos. Ih, isso aqui tá errado, hein?

O bolo estava delicioso, ele adorava os aniversários familiares por conta dos bolos e afins, era tudo o que ele podia pedir a Deus – se é que ele poderia algo – e depois de o clima se acalmar e Christina falar que estava feliz com a surpresa e mais feliz ainda com os filhos terem vindo passar a data com ela porque tanto Felipe quanto Fabio não eram mais os seus meninos que ela viu pequeno e Felipe retrucou:

— Fica assim não, mamis querida — ele disse, em tom de piada. — Quando você for avó, você estraga seus netos-

— Te aquieta, atribulado — ela retrucou, levantando a mão. — Quem disse que eu iria estragar algum neto? Vocês estão demorando a me dar netinh-

— Bom... já que a senhora falou — Fabio responde, olhando para Larissa. — Amor? — eles se olham. — Certo. Enfim, mamãe... papai... temos uma grande notícia para vocês dois — ele diz, depois de criar uma tensão na sala. — Estamos grávidos, a Lari está esperando o nosso primeiro filho...!

Os olhares na sala foram diversificados. Antônio e Christina, seus pais, ficaram de cara com a notícia, mas logo foram parabenizar e perguntar sobre a gestação da nora, a lotando de questões sobre o assunto. E, ele, Felipe ficou sem reação porque ele só fez uma piada e agora ele seria tio.

— Parabéns, mano. Parabéns, cunha — ele disse, depois de engolir a surpresa e mudar a expressão.

Eles dois agradeceram-no os parabéns, ele realmente estava feliz pelo irmão mais velho, mas o baque da notícia o deixou tão surpreso porque ele se lembrava que ontem os dois estavam se estapeando quando crianças e tomando sermões, e hoje ele recebeu a notícia que iria ser tio.

— Não se preocupe, maninho — Fabio disse, rindo. — Logo mais é você.

Ele deu uma risada, descrente.

— Se você diz — retrucou Felipe.

— Só não abandone o meu sobrinho — ele comentou, em tom de ironia. — Eu não quero ter de ir no inferno te buscar pra ser um pai presente.

— Olha a conversa — Christina disse mais alto os censurando.

— Não é mentira, mãe — Fabio respondeu, dando de ombros. — Do jeito que o Felipe tá hoje em dia — e ergueu as sobrancelhas, apontando para ele. — Enfim, tente ser um bom pai quando for sua vez.

Ser pai é o difícil, mas vou tentar.

Ele não tinha essa visão de paternidade como o irmão, ele se via como tio, padrinho e nunca como o pai.

*

A porta se abriu, Noah entrou e ele deu um salve, acenando para o amigo.

— E aí, máquina de trabalhar — ele disse, recebendo o amigo.

— Fala, máquina de sexo — Noah respondeu.

Máquina de sexo, eu transo igual a um animal, a Chatuba de Mesquita do bonde sexo anal — ele cantou, animado. — Moleque, playboy, funkeiro sexo anal, a Chatuba de Mesquita, come as mina de geral.

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