Jasmin observa a água esquentando e se pega pensando sobre a manhã que teve, foi bem lega e fazia um tempo que ela não tinha umas conversas tão interessantes assim – óbvio, ela conversava com Monique no trabalho, conversava com Daiane via mensagens e chamadas, mas fazia tempo que alguém não a tirava umas risadas genuínas assim.
"A pessoa que conseguia me tirar umas risadas genuínas assim era o Marcus...", e fez careta, pois ele era único na sua vida. Ele tinha sido o seu primeiro tudo e ela rezava para que ele fosse o único e o último. "Credo, é o Marcus. Ele tá vivo e ele vai voltar, chega de pôr ele num caixão, Jasmin. Já basta a sua própria família fazendo isso, ele não precisa de mim também fazendo o mesmo."
Ela mexeu o macarrão e voltou ao tópico, ciente de que era tudo suposição sua baseada no que vira. Os seus sogros, por exemplo, eles nunca disseram nada abertamente, mas no tempo em que ia o visitar no hospital e encontrou com o sogro nas suas raras idas, ele estava sempre com cara de poucos amigos e não ficava um clima leve com ele e Helena se estranhando por lá.
No fim, eram tudo suposições suas e ela não sabia o que eles pensavam no seu amago. Afastou todos esses pensamentos, pois acreditava que mais cedo ou mais tarde ele abriria os seus olhos... era o que queria acreditar.
Depois de picar as verduras e colocar o molho, jogou a massa e mexeu tudo. O seu macarrão já estava pronto, acendeu outra boca do fogão e foi assar o peito de frango. Puxou o celular depois de colocar o peito de frango no frigideira e colocou "Insônia" do Cefa.
"As cobertas que serviam pra me aquecer
Agora estão me sufocando
Minha alma desesperada grita:
Venha me salvar!
Nesse quarto escuro eu vejo as feridas
Que teimam em sangrar"
As cobertas que a aqueciam eram as memórias que tinha com o noivo, mas já fazia um tempo que as mesmas não conseguiam a aquecer e ela tinha muito medo – muito mesmo – de quando ele finalmente vir a salvar, ela não estar mais lá para ser salva.
Sim, era um pensamento contraditório com o anterior onde ela desejava que ele fosse o seu primeiro e único amor, mas há quanto tempo que o esperava? Ela não estava desistindo, mas o tempo se mantinha correndo de forma linear e ele não esperava por ninguém, os seus planos pareciam um sonho distante que ela sonhou sozinha agora. Fora o fato de que, por mais que ela não fosse obrigada a conviver com a família dele, eles ainda eram a sua família e tinham a machucado bastante e continuavam a fazer isso sem a menor pretensão de parar. Era como caminhar sob cacos de vidros constantemente e ela não sabia se quando ele acordasse e as coisas voltassem aos seus devidos rumos, ele estaria disposto a se afastar o máximo possivel deles.
Ela se sentou a mesa depois de se servir e almoçou, ouvindo "(A)Temporal" do Cefa.
"E se ele não estiver brincando... quer dizer, existe essa possibilidade?", jogou a questão no ar sobre Noah e terminou de almoçar, inquieta. "Eu deveria estar fazendo algo a respeito em relação a isso, certo?"
Ao passo que ela pensava que poderia ser verdade, existia a contraparte que dizia que era paranoia. E ela estava no meio, sem saber se acreditava ou não no que as suas paranoias diziam sobre Noah e as suas intenções.
*
Hoje era sexta-feira e Jasmin estava feliz, pois amanhã ela poderia ir visitar Marcus e a sua semana já se valeu por isso. Ela trabalho com isso em mente e depois de chegar, se hidratou e deu uma olhada no que precisava ser feito antes de ir tomar banho.
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RomanceNoah Santos é um jovem adulto de 24 anos, estudante de História que está tentando a vida de adulto longe de casa. Saído de um "quase" alguma coisa com alguém que ele realmente achou que fosse ser um relacio-namento duradouro, ele se vê em uma nova e...