Sarah chega, dá um bom dia a seu Bráulio e bate o seu ponto.
— Bom dia, Sarah — ele responde, amistoso e ela segue até o elevador.
O clima quente da rua é logo substituído pelo frio do ar condicionado, e ela espera o seu andar.
As portas se abrem, ela caminha e passa por Marlon que dá "bom dia" e segue para o seu armário. O dia hoje tende a ser cansativo, ela pensa, enquanto tranca o armário e segue o seu caminho.
— Coragem — ela diz, respirando fundo.
O restante da manhã segue bem até que Aline diz que a sua máquina deu tela azul e não quer voltar.
— Posso ver? — ela pede se aproximando. Aline responde que sim, indo para o lado e a deixa ver. — Tá mesmo, hein — Sarah diz, fazendo careta. — Vou chamar um Técnico, já venho.
Pedro, o Técnico, analisou-a desconfiado e ela respondeu que uma máquina do seu setor tinha dado tela azul e não conseguiram resolver o problema.
— Você já tentou reiniciar?
— Já.
— Conseguiu ligar?
— Não.
Ele continuou, fazendo mais perguntas e ela respondeu todas na medida do possível e após constatar que precisaria ir lá, Pedro respirou fundo e disse:
— Isso vai dar uma canseira — e fez menção para que ela seguisse na frente. — Vamos lá.
A máquina demorou a voltar, Aline ficou do lado de Sarah vendo-o trabalhar. Sarah notou que Pedro tinha uma tatuagem na nuca e dreadlocks, ela se perguntou como nunca se viram antes e lembrou que ele fazia parte da equipe de TI e eles pareciam fantasmas.
"Verdade, eles não trabalham basicamente", ela ironizou. "O meu sonho de princesa."
Assim que terminou, disse-lhes o que tinha sido o problema da máquina e elas assentiram as palavras de Pedro como se estivessem entendendo tudo.
— Enfim — ele enfatizou. — Dá pra usar, pode ir — continuou, ficando de pé. — Mais algum problema por aqui?
— Não — Sarah respondeu. — Obrigada.
— Não há de que — ele retrucou, indo embora.
Aline agradeceu também, se sentando em seguida e Sarah puxou o celular para pedir seu almoço no aplicativo. Ela desceu para avisar a seu Bráulio, que disse que tudo bem.
Quando voltou a descer, foi para buscar o seu almoço. Ela estava com muita fome e a sua barriga não deixava mentir com os roncos. Após agradecer, ela subiu e foi reta para a salinha almoçar enquanto trocava mensagens com Lucy que falava sobre o seu dia.
Ela então bloqueou o celular e se ateve ao seu almoço que estava uma delícia.
O almoço foi rápido, ela terminou a marmita e o suco por último. Depois de respirar fundo, ela ficou de pé e foi jogar tudo no lixo e partiu para a pia a fim de lavar os seus talheres. No celular, Lucy que também já tinha almoçado, agora reclamava sobre algum debate chato que teve nas suas aulas da manhã.
— O tempo tá passando devagar — ela comentou, olhando janela a fora e vendo como sequer parecia que já tinha se passado a manhã toda.
— Marlon — ela disse, assim que o viu. Ele a encarou, surpreso, mas assentiu e ela se aproximou com um sorriso de quem queria pedir algo.
— Vai — ele respondeu, desconfiado. — Desembucha! O que você quer?
— Negarei até o fim se me perguntarem — Sarah começou, depois de arrastar Marlon educadamente até um canto. — Mas, por favor, você pode me avisar quando o Noah tirar uma pausa?
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RomanceNoah Santos é um jovem adulto de 24 anos, estudante de História que está tentando a vida de adulto longe de casa. Saído de um "quase" alguma coisa com alguém que ele realmente achou que fosse ser um relacio-namento duradouro, ele se vê em uma nova e...