Apaixonada por um Decepticon ♡

A felicidade sempra vai estar na simplicidade.

Corria pelo descampado, minhas pernas já davam indícios de cederem a medida que eu me forçava cada vez mais para correr e meus pulmões se apertavam de forma quase insuportável, o ar mal entrava. Suor escorria pela minha testa, minhas roupas marcadas pelo suor constante. De canto de olho pude ver Sam tentando me acompanhar. Em minhas mãos, eu segurava um objeto cilíndrico de tonalidade azul, não podia perdê-lo então, apertei o objeto em mãos com tanta força que pude sentir minhas juntas da mão ficarem brancas. Eu tinha um propósito ali mas não seria fácil com aquela besta nos perseguindo. A medida que eu me forçava a correr, minha visão começou a se tornar desfocada e meus batimentos desregulados, eu nunca havia me esforçado daquela forma antes e eu já tinha certeza de que a qualquer momento cairia dura no chão.

Notei que Sam estava no mesmo estado, pingando suor e quase desistindo ali mesmo. Porém, não podíamos desistir agora que estávamos tão perto de nos livrar daquela besta. Olhei para trás, meus olhos se arregalaram. Ele vinha correndo atrás de nós como um touro, pronto para nos derrubar e pistoear. Aquilo me fez entrar em pânico, senti um frio na barriga e aquela sensação de desespero por estar sendo perseguida por algo monstruoso. Era aquela mesma sensação de apagar a luz da cozinha e correr de volta para cama no escuro.

Com muito esforço, tomei rumo ao caminho que Sam seguia, pensei que se ficássemos juntos, poderíamos revezar e talvez distrair a besta. Ofegante, olhei para Sam de relance, com as mãos trêmulas e o corpo já fraco, passei o cilindro para ele. Bem, era o que eu tinha em mente. Senti um baque doloroso contra minhas costas e fui lançada contra o chão duro como uma jaca madura. O cilindro voou de minha mão. Arqueei as costas tentando puxar o ar que fora retirado totalmente de meus pulmões, meus olhos se arregalaram e minha visão quase escureceu. Minhas costas doíam e eu só pude ouvir Sam gritar por mim em desespero. Ainda dolorida, puxei todo o ar que podia, tentando trazer de volta a boa sensação de conseguir respirar novamente mas foi em vão, estava cansada e dolorida demais para me forçar a levantar e continuar. Fiquei largada no chão e estremeci quando a besta parou sobre mim, um sorriso sádico em seu rosto enquanto segurava o objeto cilíndrico em mãos.

- Parece que você precisa treinar mais as pernas, fracot... - O som de um apito ecoou, cortando o barato de Trent. O jovem resmungou e revirou os olhos, jogando o cilindro no chão. - Ah, porra!

Deitei a cabeça contra o chão aliviada e fechei os olhos, focando em recuperar o fôlego e as forças. Fiquei estirada no chão até sentir outra sombra sobre meu corpo. O sol não estava tão quente, algumas nuvens o cobriam, talvez choveria ainda pela manhã.

- Emmy? Tá me ouvindo? Você está bem??! - Desesperado, Sam se ajoelhou e me puxou para seus braços, me ajudando a levantar. - Quebrou alguma coisa??

- Puta merda.. - Resmunguei dolorida, me apoiando contra Sam, o mesmo me segurou pela cintura,me envolvendo em seus braços para me estabilizar. Ainda estava tonta. - Tô bem, só com alguns arranhões e o corpo dolorido. Achei que ia morrer, sem brincadeira. - Murmurei, finalmente recuperando o fôlego.

Sam suspirou aliviado.

- Trent pegou pesado, achei que ele tinha matado você. - Sorriu, me guiando até a arquibancada mais próxima e me ajudando a sentar.

- Acho que..- fechei os olhos, me recostando contra o banco duro. - Ele não gostou muito do nosso último encontro e quis descontar, a principio, acho que ele ia pegar você mas como eu estava mais perto, ele não perdeu a chance. - Murmurei, sentia os ralados em meus joelhos, cotovelos e costas começarem a arder. A sorte é que eu estava de calça legging, porém, não acho que os estragos tenham sigo amenizados na queda.