Apaixonada por um Decepticon ♡

Isso não pode ser real.

Levei a mão ao peito, tentando me acalmar depois do susto. Sam estava sentado em meu colo, me amassando enquanto olhava de um lado para outro através do parabrisa do carro. O garoto estava encharcado e fedia a cachorro molhado e o interior do carro estava abafado e quente, criando um ambiente tenso e sufocante e ainda sim, não poderíamos sair do carro, aquela coisa ainda poderia estar atrás de nós. Encarei as costas de Sam por um breve momento até que soltei um suspiro e agarrei seus quadris.

— Achei que você sentasse igual princesa. — Apertei seus quadris com um sorriso bobo nos lábios. A minha tentativa de me distrair e aliviar o clima era realmente patética.

Sam lentamente virou a cabeça na minha direção, me encarando por cima do ombro.

— E eu tenho cara de rapunzel agora? — Perguntou com um sorriso nos lábios. Seus olhos estavam cheios de preocupação.

Revirei os olhos.

— Que merda foi aquela??!

— Eu sei lá, um robô gigante?!

— Porra! Eu tô falando da sua idiotice de bater no capô do carro! Mesmo que não fosse aquela coisa, você não tinha direito, Sam! — Meu sorriso se desfez e o encarei séria. — Você já não tem um histórico bom com políciais e ainda me mete essa?! Você queria tomar uns pipoco??!

Sam revirou os olhos e voltou a olhar para frente. Ele tinha noção de suas ações e suas consequências.

— Não enche! Meu carro tava em jogo!

— O seu carro tá aqui agora! Não precisava daquilo, idiota! — Rosnei entre dentes.

Sam bufou.

— Eu fiz o que achava certo.

— Ah sim, fez.. — Ri. — Socou a porra de um carro da polícia e agora sabe se lá Deus oq é aquela coisa, agora está atrás de nós! — Retruquei nervosa.

O garoto bateu no painel e simplesmente tentou abrir a porta para sair mas estava travada. Ele socou o vidro e tentou tirar a trava mas foi em vão.

— Merda! MERDA! — Sam berrou.

Suspirei.

— A gente não vai sair daqui enquanto aquela coisa estiver por aqui. Ah não ser que você queira morrer. — Sugeri.

— Ah vai se ferrar! — Ele rosnou impaciente.

— Me ferrar?! Se não fosse por mim, a gente nunca teria achado seu carro, seu idiota! — Rebati. — Eu deixei o meu carro na entrada daquele lugar e não sei se quando eu voltar ele ainda vai estar lá, a porra do seu carro destruiu meu portão e isso vai me dar um prejuízo! Eu fiz muito por você e é assim que você retribuiu?! — Explodi, deixando a raiva assumir o controle da situação. Senti os nervos pulsarem nas laterais de minha testa.

— É sério isso?! Vai me culpar agora?!

— E de quem mais seria a culpa?! Minha que não é! Quer saber, eu vou voltar para casa e você se vira sozinho nessa merda. — Empurrei Sam contra o painel e tentei abrir a porta diversas vezes. — Ah qual é!

Na última tentativa, a porta destravou e caímos para fora do carro em uma poça enlameada, manchando todo meu sueter e calças, meu cabelo nem sa falava.