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REMEMBER I'LL ALWAYS
LOVE YOU

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DOIS ANOS DEPOIS...

O TEMPO passou rápido, como num piscar de olhos... Eduarda e eu ainda estamos namorando, eu criei uma banda chamada “Rebel Ressonance. Nós ainda não criamos muita coisa e estamos nos estabilizando por enquanto.

Hoje foi dia da minha formatura. Eu... Terminei a escola.

Caramba... Que loucura. Por incrível que pareça, eu não estou em pânico. Muito pelo contrário, eu estou feliz! Finalmente eu posso dar um rumo para a minha vida.

Como a formatura já acabou, eu e a galera combinamos de ir à pizzaria comemorar.

☆★☆

Na pizzaria, nós conversamos bastante, rimos e comemos. A pizza era gigante! Bom, era grande o suficiente para 7 pessoas.

Nós pedimos meio-a-meio, metade calabresa e metade... portuguesa? Tá, eu concordei com isso, mas não escolhi os sabores. Ficamos um pouco na indecisão, por não saber se iriamos pedir uma pizza de apenas um sabor, então eles acabaram pedindo uma pizza de dois sabores. Achei divertido por nunca ter comido uma pizza assim.

☆★☆

Ao sair da pizzaria, o pessoal seguiu um caminho e eu e Eduarda fonos juntos para outro.

Chegando perto de casa, Eduarda resolve parar perto da minha casa por querer me contar algo.

Nós estávamos de mãos dadas, até que nós chegamos na calçada, ela para na minha frente, me fazendo parar também.

— João, eu vou te contar algo agora e... Preciso que você se esforce para entender. — Ela diz com um olhar triste se formando em seu rosto.

— Tá bom. Pode dizer. — Digo um pouco confuso.

— Olha... Você lembra que conversamos sobre a faculdade há um tempo atrás?

— Sim, eu lembro.

— Então... Eu recebi uma bolsa para fazer intercâmbio.

— Sério?! Eduarda, que coisa boa! Que cara é essa?

— O intercâmbio é no Canadá, João. — Ela me olha com uma expressão triste. Meu semblante cai.

Ela explica que ganhou uma bolsa para estudar fora do país há um tempo e o dia de sua viagem estava se aproximando... Ela decidiu que devíamos terminar para não termos que lidar com a distância, e que, quando voltasse, nós iríamos conversar.

Eu não havia percebido, mas ela estava fazendo a mesma coisa que meu pai havia feito com a minha mãe. Agora, eu entendo ela.

Sei que Eduarda não queria terminar, mas ela achou melhor assim. Eu não questionei muito, apenas disse algumas palavras tentando fazer ela mudar de ideia, mas falhei miseravelmente.

Eu tive que aceitar sem poder me manifestar, era como se eu tivesse jogado tudo que eu aprendi com ela no lixo... Não só eu, mas ela também.

Não entendi o que se passou na cabeça dela naquele momento. Depois de tentar conversar, cada um segue para sua casa, terminando com a pior noite de todas.

☆★☆

Eu prometi para Eduarda que a levaria até o aeroporto, e assim eu fiz. Por mais que a gente não namore mais, eu ainda não me conformei com isso, mas se ela acha que é uma ideia melhor, tudo bem.

Após fazer o check-in, despachar a bagagens e as outras coisas, eu e ela nos sentamos em bancos opostos, um de frente para o outro, sem dizer uma palavra sequer, para esperar a chamada e embarcar.

Após ouvir o número do voo e o lugar para onde iria, Eduarda se levanta e se dirige para o local do embarque.

— Bom... É aqui que nos despedimos, não é?

— Acho que sim. Faça uma boa viagem e bons amigos e... Tenha boas aulas.

— Obrigada. Até 2026, JP.

Dou um leve sorriso, ela vira as costas e sai andando lentamente, sem olhar para trás, como sempre. Ela nunca olha para trás.

Ao vê-la andar em direção ao portão, me deixando para trás, um aperto se criava dentro do meu peito. Eu não podia simplesmente deixar ela ir daquele jeito, me deixando aqui, cheio de arrependimentos. Uma pessoa muito importante me disse que eu não podia ter uma vida de arrependimento.

Naquele momento, eu tive certeza de que eu teria vários arrependimentos ao sair de lá, e continuaria assim por bastante tempo. Eu não podia deixar alguém que mudou minha vida ir embora daquele jeito... Foi aí que eu reagi.

Eu saí do transe e, quando me dei conta, Eduarda já estava bem próxima ao Portão de embarque.

Ao ver a distância na qual ela estava, eu começo a correr em sua direção, passando por várias pessoas, mas em todo o caminho eu não tirei os olhos dela.

Ao ver ela dar mais um passo, eu grito seu nome. Eu nunca havia gritado tão alto na minha vida. Ela se vira e me vê na distância. Ela havia congelado no lugar, enquanto me observava vindo em sua direção.

Finalmente, consigo chegar perto dela. Ao alcançar a garota, eu me aproximo e sou um forte abraço nela. Para mim, era como se eu estivesse depositando todas as minhas emoções nesse abraço. Eu não queria que ela fosse embora dessa maneira, mas era tarde demais para impedi-la.

O abraço não foi recíproco, mas eu sabia que ela havia sentido pelo menos um sentimento. Ela hesitou em me abraçar de volta.

Ao soltar o abraço, eu coloco minhas duas mãos em cada lado do seu rosto, fazendo-a olhar para mim. Seu olhar era de tristeza.

Eu a olho de volta por alguns segundos, até que sinto meu coração disparar e finalmente a beijo.

Eu fecho o espaço entre nós dois, finalmente selando os lábios dela nos meus. Eu fecho os olhos, tentando aproveitar o melhor possível do momento, enquanto coloco uma das mãos na cintura dela. O beijo é carinhoso, e com um pouco de desejo represado.

Depois de algum tempo que eu não contei, separo o beijo, por lembrar que ela teria que ir. Meu olhar em direção a ela era uma mistura de emoções, e o dela era o mesmo. Me afasto lentamente, enquanto a tristeza se fazia cada vez mais presente no olhar dela.

Ao finalmente soltar ela, Eduarda se recompõe, segura firme sua bolsa, vira as costas novamente e sai andando. Eu estava aliviado, mas um pouco confuso.

Após ela embarcar, eu saí de lá em passos lentos, afogado em pensamentos.

Chegando em casa depois de algumas horas, eu paro com as costas escoradas na porta, enquanto minha mãe vinha em minha direção com um olhar de confusão.

Eu expliquei a situação para ela, que não tinha ideia de que aquilo estava realmente acontecendo. Eu desabei nos braços dela, que esteve comigo em todos os momentos.

Confesso, eu fiquei completamente abalado. Não esperava que ela fosse realmente embora. E agora, eu estou aqui, sozinho de novo... Estou desesperado. O que será de mim agora?

Bom, o tempo dirá. Controle-se, João Pedro.




𝐸+𝐽𝑃,
𝑖 𝑙𝑜𝑣𝑒 𝑦𝑜𝑢 𝑓𝑜𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟

Um Novo Eu - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora