12 - Começando a jogar

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Elijah estava sentado em seu quarto, a noite avançando lentamente. As sombras dançavam nas paredes, refletindo a inquietação em sua mente. O desaparecimento de Hayley o consumia por dentro, como uma chama que não se apagava. Ela era mais do que apenas a mãe da futura geração dos Mikaelson; ela era a mulher que, de alguma forma, havia rompido as barreiras que ele construiu em torno de seu coração. Ele tinha prometido a si mesmo protegê-la, e agora ela estava em perigo, levada por forças que ele ainda não compreendia.

Ele se levantou e foi até a janela, observando a escuridão lá fora. O silêncio da noite era esmagador, contrastando com o turbilhão de emoções que se agitavam dentro dele. Raiva, medo, frustração — todos esses sentimentos colidiam em sua mente. Klaus ainda estava sob aquele feitiço maligno, e o tempo estava se esgotando para encontrar uma cura. Ele sentia o peso de tudo sobre seus ombros; a responsabilidade por sua família, por Hayley, e pela sobrevivência de todos eles.

Enquanto ele contemplava suas preocupações, uma batida suave na porta o tirou de seus pensamentos. Ele reconheceu o toque, era Freya.

— Entre, — ele disse, sua voz baixa, mas firme.

Freya entrou, fechando a porta atrás de si com cuidado. O rosto dela estava sério, refletindo a gravidade da situação. Ela sabia o quanto Elijah estava sofrendo, mas também sabia que não havia tempo para hesitação. Eles precisavam agir.

— Elijah, — começou ela, aproximando-se. — Eu estive estudando o que aconteceu com Klaus. Como eu já havia suspeitado, pode ser magia negra... mas é algo que eu nunca vi antes.

Elijah virou-se para encará-la, seus olhos estreitos de preocupação.

— Nunca viu? — Ele repetiu, tentando processar o que aquilo significava. — Então estamos lidando com algo que está além do que podemos compreender?

Freya assentiu, a expressão no rosto dela era de pura determinação, mas também de inquietação.

— Exatamente. E isso me preocupa, Elijah. Se essa magia for tão antiga e poderosa quanto parece, pode estar ligada a algo muito mais... primitivo. Algo além da compreensão das bruxas comuns.

Elijah ponderou as palavras de Freya, lembrando-se de um encontro há milênios atrás. Ele conheceu uma bruxa, uma mulher sábia que havia falado sobre forças sobrenaturais que transcendiam o conhecimento humano.

— Há muitos séculos, — Elijah começou lentamente, enquanto as memórias voltavam.
— Eu conheci uma bruxa. Ela falou sobre uma força... algo além deste mundo. Algo que beirava o divino.

Freya franziu a testa, tentando seguir o raciocínio de Elijah.

— Algo... divino? — Ela repetiu, surpresa. — Você está falando de Deus?

Elijah hesitou antes de responder, seus olhos fixos nos de Freya.

— Não sei se era Deus, mas ela mencionou um poder que existia muito antes das bruxas, antes dos vampiros, antes de qualquer criatura que conhecemos. Algo que poderia ser chamado de divino, mas que também poderia ser um equilíbrio primordial, uma força do universo que está além da nossa compreensão.

Freya ficou em silêncio por um momento, processando o que Elijah estava dizendo. Se isso fosse verdade, então eles estavam lidando com algo muito mais perigoso e imprevisível do que jamais poderiam imaginar.

— Se essa força está envolvida, — Freya disse finalmente, com um tom grave, — então estamos em uma batalha que vai além das simples lutas de poder que enfrentamos antes. Precisamos estar preparados para o que está por vir.

História da Allison ⚜✉Onde histórias criam vida. Descubra agora