Em um mundo onde cada momento é um reflexo do que somos, Lizzy e Gael se encontram à beira de uma mudança que pode definir seus destinos. Lizzy, uma jovem mãe lutando para proporcionar uma vida melhor para sua filha, trabalha incessantemente em um c...
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Lizzy estava diante do espelho, passando o batom apressadamente enquanto Cameron segurava Maya no colo, balançando-a suavemente.
- Essa noite foi difícil, hein? - Cameron comentou, sorrindo levemente para Maya, que agora parecia mais tranquila. - Quase não dormiu, tadinha.
- Nem me fale - Lizzy suspirou, tentando alinhar os lábios ao passar o batom vermelho. - Mas, graças a Deus, o remédio finalmente fez efeito.
- É, pelo menos ela está mais calma agora - Cameron olhou para a bebê, que repousava tranquilamente em seus braços.
Lizzy soltou o ar, aliviada, mas apressada.
- Estou super atrasada - disse, fechando o batom e jogando-o dentro da bolsa. - Já mandei mensagem pro Gael, avisando que vou me atrasar. Ele respondeu que está vindo nos buscar, então passei o endereço da praça.
- Gael, hein? - Cameron arqueou uma sobrancelha com um sorriso divertido no rosto. - Ele parece não ser o lobo mau.
Lizzy riu, meio sem jeito, enquanto pegava sua jaqueta.
- Ele só está sendo... decente.
- Sei. Muito decente. - Cameron deu uma piscadela, ajeitando Maya nos braços. - Você está linda, Lizzy. Mesmo com toda essa correria, dá pra ver que tem algo diferente em você.
- Corta essa, Cam! - Lizzy riu, puxando a jaqueta rapidamente. - Eu estou morta de cansada, não vejo diferença nenhuma.
Cameron olhou para Maya com carinho e depois devolveu a bebê para Lizzy.
- Bom, pelo menos Maya está melhor, isso que importa. E você está atrasada, então, vai lá. Deixa o resto com o Gael.
Lizzy deu um beijo na bochecha de Cameron antes de ajeitar Maya no colo.
- Obrigada, Cameron. Sério, eu não sei o que faria sem você.
- Relaxa. Vai dar tudo certo. E boa sorte com o Gael.
Lizzy revirou os olhos com um sorriso, abriu a porta e saiu apressada.
Cameron ficou à porta, observando Lizzy se afastar com um brilho de afeto no olhar, murmurando para si mesma:
- Aí tem!
Gael saiu do carro, o dia estava nublado, o céu pesado e cinzento refletia a seriedade que ele carregava consigo. Vestido de preto, com uma camisa polo bem ajustada e calça escura, ele exalava uma aura fechada, reservada. A expressão em seu rosto era dura, quase inabalável, e seus olhos escuros observavam o movimento à sua volta com impaciência.
Ele olhou para o relógio em seu pulso, respirando fundo e soltando o ar lentamente, como se estivesse tentando controlar uma leve irritação que pairava sobre ele. As nuvens densas acima não colaboravam para melhorar seu humor, e a espera parecia eterna.
