Seu nome

Capítulo 16 🔞

Jimmy 

A turbulência interna dentro de mim era inegável. Eu não conseguia escapar do ciúme que me roía sempre que via Earth se aproximando de Sea. O mero pensamento de que ele poderia eventualmente seguir em frente me enchia de um medo paralisante que eu não conseguia mais ignorar. 

A distância que havia crescido entre nós se tornou insuportável e cheguei a um ponto de ruptura. Eu sabia que tinha que agir, confrontar essa maré de emoções crescentes que me consumiam. Tomei, então, a decisão de me encontrar com Sea. Tudo o que eu queria era que ele me visse, olhasse para mim e para mais ninguém. 

Depois do nosso encontro no banheiro da faculdade, eu pedi à Sea para ir com ele ao seu quarto. Ele pareceu um tanto confuso com a velocidade de tudo isso. Quero dizer, a perplexidade em seus olhos já era perceptível no momento em que o beijei. No entanto, apesar da confusão, ele permitiu. 

Conforme o relógio se aproximava das 22 horas, meu telefone se tornou uma distração persistente. Mensagens e ligações de meus amigos me chamando para beber, ir para a boate... Desliguei o telefone, ignorando-os totalmente. 

Ao me aproximar da porta do quarto de Sea, meu coração disparou de excitação e trepidação. Bati suavemente na porta dele. 

Alguns momentos se passaram e então a porta se abriu lentamente. Sem dizer uma palavra, entrei e ele fechou a porta atrás de mim. 

— V-você realmente veio. — ele disse quase inaudível. 

— Você achava mesmo que eu estava brincando quando disse que queria vir ao seu quarto esta noite? 

Meu olhar vagou para a escrivaninha de estudos atraído por uma coleção de fotos polaroides dispostas ali. Aproximei-me da mesa, a nostalgia de nossas memórias inundaram meus sentidos. Um pequeno sorriso se formou em meus lábios enquanto eu me lembrava das vezes que ele tirou essas fotos sem minha permissão. 

Peguei uma das fotografias, meus dedos traçando as bordas enquanto eu a olhava. Era uma tarde chuvosa e Sea e eu buscamos refúgio em um pequeno café durante o ensino médio. Nossos cabelos estavam úmidos e nossas roupas coladas no corpo. 

Colocando a foto de volta na mesa, me virei para Sea. — Você e o Earth... qual é a sua relação com ele? 

— Nós somos amigos — ele respondeu com os olhos fixos no chão, como se ainda estivesse tímido com minha presença. 

— Ele ainda não se declarou para você? 

— Claro que não. Nós somos apenas amigos. 

A inocência de Sea era um tanto cativante e desconcertante. A afeição de Earth por ele era óbvia, como um livro aberto. Aquele sem vergonha. 

Sentei-me na beirada de sua cama. — Venha aqui. — chamei, estendendo minha mão. 

Ele hesitou por um momento, antes de caminhar lentamente em minha direção. Antes que ele pudesse, finalmente, ficar de frente para mim, o puxei, fazendo-o cair sentado em meu colo. Meu gesto fez com que as bochechas de Sea ficassem vermelhas, lembrando um tomate maduro. 

— O que você está fazendo? — ele perguntou confuso. Eu podia ouvir as batidas aceleradas de seu coração dentro do peito. 

Eu sorri com um senso de orgulho diante da beleza frágil do momento. A reação tímida de Sea era evidência do poder duradouro que eu tinha sobre ele. Apesar da distância que tomamos nos últimos dias, eu ainda tinha o poder de fazê-lo se sentir tímido e confuso. 

Apertei meu braço em volta de sua cintura. — Estou fazendo o que parece certo... — respondi com meus olhos fixos nele. — O que deveríamos ter feito a muito tempo.