Capítulo 17

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Pov Caio:

Já se passou uma semana que estou na casa de Luan e hoje é o dia que irei tirar o gesso, o que significa voltar para casa. Não tenho nem ideia de como minha mãe está, nem procurei saber, deve estar enterrada na sujeira e na bebida.

Ultimamente estou me sentindo tão mal, não sei explicar parece que tudo o que guardei para mim está entalado na minha garganta, meu peito está doendo muito e Luan percebeu que não estou bem, ele não sai do meu lado nem por um segundo, se não fosse por ele eu já tinha desmoronado, eu o amo tanto.

Nesse momento eu e o moreno estamos indo no hospital, decidimos vim andando para se movimentarmos um pouco.

- Eu não quero que você vá pra casa - o moreno fala.

- Eu também não, mas eu preciso - suspiro.

- Quero que me prometa uma coisa loirinho - o olho - sempre quando tiver algo te incomodando você vai me fala tá bom? Agora nós temos um ao outro.

- Tá bom, te prometo.

- Vamos começar agora então, o que está te incomodando? - fico tenso e ele pega minha mão, continuamos andando de mão dadas - eu sei amor que você não tá bem, não precisa tentar disfarçar, eu quero que confie em mim para contar as coisas.

- Única pessoa que eu confio é você Luan, falamos disso mais tarde tá bom? Estamos chegando já.

- De noite você não escapa Caio - o olho com um sorriso safado e ele percebe - não nesse sentindo loiro safado ou talvez também pode ser nesse sentido.

- Depois eu que sou safado né - falo rindo.

Chegamos no hospital, o médico já nos chama e Luan entra junto.

- Vamos tirar esse gesso então, vai ter que ficar um tempinho sem fazer muito esforço nesse braço até se recuperar totalmente.

O médico tira o gesso, sinto um alívio imediato todo aquele peso no meu braço saiu, estou com um pouco de dificuldade para mexer só.

- Tenta fazer movimentos com o braço em casa para os nervos voltarem ao normal, caso tiver uma dor mais forte volte para vermos o que é, estão liberados.

Saímos de lá e decidimos ir tomar um sorvete.

- Duas casquinhas de chocolate por favor - pagamos e nos sentamos juntos no parque.

- Agora tenho só duas semanas para desenhar tua roupa - falo me lembrando do trabalho.

- Eu comecei a desenhar a tua já, tenho uma ideia perfeita para tua roupa.

- E eu nem sei que tipo de roupa vou desenhar ainda, posso ver a que você desenho?

- Não, é surpresa - fala com um sorriso sapeca.

- Luan Luan não confio nesse sorrisinho seu aí.

- Você tem que promete que vai usar qualquer coisa que eu desenhar - o olho desconfiado - vai loirinho por favooor.

- Não sei não Luan, você sabe que não gosto de me mostrar muito - falo envergonhado.

- Por que? Você sabe que a gente vai ter que tirar fotos né?

- Eu sei moreno, não gosto de tirar fotos mas é pro trabalho então vou ter que tirar.

- Promete que vai usa o que eu desenhar? - o sorriso sapeca continua no seu rosto - vai Caiooo.

- O que eu ganho em troca?

- O que você quiser.

- O que eu quiser é? - pergunto com um sorriso safado.

O garoto quietoOnde histórias criam vida. Descubra agora