O garoto quieto

Capítulo 16

Pov Luan:

- Então eu tava pensando e tipo eu fiquei com tanto medo de te perder sem poder falar o que eu realmente sinto por você - ai eu estou muito nervoso.

- Pode continuar moreno.

Eu acendo a luz do abajur iluminando o rosto de Caio, fiquei hipnotizado no seu olhar, ponho minha mão na sua bochecha fazendo carinho.

Ficamos um tempo somente nos olhando, esse momento significou tanto, a gente somente se olhando em silêncio parece que nossa almas estão conectadas, me sinto tão confortável com Caio.

- Eu te amo - as palavras escapam da minha boca e o loiro fica um tempinho me olhando parecendo processar o que eu disse, ele abre um daqueles sorrisos dele que me desmontam inteiro.

- Eu também te amo, até demais, você é a melhor coisa da minha vida - ele parece aliviado por finalmente ter dito isso para mim.

Calo minha boca na dele iniciando um beijo lento, cheio de carinho, a gente não precisa dizer nada pois sabemos o significado desse momento, sinto um gosto salgado no beijo e percebo que são lágrimas de Caio.

- O que foi loirinho? - pergunto se afastando e secando suas lágrimas com a minha mão.

- Obrigado Luan, você não tem noção do bem que tá fazendo para mim - o abraço com cuidado por causa de seu braço.

- Não tem o que agradecer, você também tá me fazendo um bem enorme.

- Precisa agradecer sim, nunca vou ter o agradecido o suficiente. Preciso agradecer sua mãe e seu pai também, eles me deixaram ficar aqui por muito tempo já e ainda estão cuidando de mim, eu estou tendo a sensação que eu tinha antes de meu pai morrer, estou me sentindo acolhido e amado aqui faz tanto tempo que não tenho isso que eu nem lembrava mais como era - eu não consigo nem imaginar o que esse garoto sente, queria o guardar em um potinho e não deixar mais ninguém encostar um dedo nele.

- Saiba que você já é da família, é meu futuro marido mesmo - falo convencido e ele abre um sorriso.

- Futuro marido é? Gostei - dá um beijinho na minha cabeça - vamos dormir amor, amanhã tem aula.

- Vamos, eu amo você - dou um selinho nele.

- Eu também amo você.

Me aconchego nele, sinto sua respiração acalmar e acabo pegando no sono também.

- Moreno - acordo com beijinhos pelo meu rosto.

- Humm - resmungo abrindo os olhos - não quero acordar, tá tão bom de dormir - fecho os olhos novamente e sinto seus cheirinhos no meu pescoço.

- Vamos neném, eu também queria ficar nessa cama com você, mas temos que ir e sua mãe já veio nos chamar para descer.

Com muito esforço o loiro consegue me tirar da cama, se arrumamos para a faculdade e descemos comer, meus pais já estavam na mesa.

- Bom dia - respondemos o bom dia e sentamos - finalmente os bonito resolveram descer né.

- Luan que não queria levantar - Caio me explana.

- Eiii - protesto.

- O que foi? É verdade.

Me perco novamente naquele olhar maravilhosa dele, parecia que estava só nós dois ali, até que escutamos um arranhar de garganta vindo do meu pai nos fazendo voltar para a realidade.

- Eitaaa até eu senti esse olhar - minha mãe fala e vejo Caio ficar vermelho.

- Deixa eles amor, são tão fofos - nem parece que foi ele que nos atrapalhou.